sábado, 11 de junho de 2011

As experiências “nazistas” dos EUA

Perdoem-me, é terrível e chocante. Por isso mesmo precisa ser lida esta reportagem publicada hoje pelo jornal inglês The Guardian. Repugnante, enojante, mas real e até oficialmente reconhecida. Leiam, me perdoem a má tradução, mas era impossível deixar no silêncio.

“Marta Orellana diz que estava brincando com amigos no orfanato, quando o chamado soou: “Orellana à enfermaria Orellana para a enfermaria..”

Esperando por ela foram vários médicos que ela nunca tinha visto antes. Os homens altos, com pele clara, que falou que ela imaginou que seria inglês, além de um médico da Guatemala. Eles tinham seringas e frascos pequenos.

Eles ordenaram que ela se deitar e abrir as pernas. Constrangida, ela trancou joelhos unidos e abanou a cabeça. O médico guatemalteco deu um tapa em seu rosto e ela começou a chorar. “Eu fiz o que foi mandado”, lembra ela.

Hoje, a menina de nove anos de idade é uma bisavó de 74 anos e de olhos remelentos, mas a angústia do momento que perdura. Foi assim que tudo começou: a dor, a humilhação, o mistério.

Era 1946 e os órfãos na Cidade da Guatemala, juntamente com os prisioneiros, recrutas e prostitutas, tinham sido selecionados para um experimento médico que atormentam muitos, e permaneceu em segredo por mais de seis décadas.

Os EUA, preocupados com soldados voltando para casa (da 2ª Guerra) com doenças sexualmente transmissíveis, infectou cerca de 1.500 guatemaltecos com sífilis, gonorréia e cancro mole para testar um dos primeiros antibióticos, a penicilina.

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