domingo, 19 de junho de 2011

O BRASIL NÃO É UM RISCO

Delúbio Soares (*)

Em todas as eleições presidenciais disputadas pelo PT o chamado “risco Brasil” foi usado de forma cruel, impiedosa e desonesta contra nós petistas. Se Luiz Inácio Lula da Silva vencesse os seus oponentes – Fernando Collor de Mello, em 1989, Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998, e José Serra em 2002, respectivamente – o céu desabaria, o chão se fenderia, os cofres dos organismos financeiros e dos bancos internacionais se fechariam ao Brasil, nossa economia entraria em colapso, o real valeria pouco mais que nada, as empresas internacionais deixariam de investir aqui e entraríamos para o rol das republiquetas infelizes, dos países fadados ao eterno subdesenvolvimento e à pobreza eterna. Enfim, o caos, o apocalipse, o fim dos tempos e a destruição de um país com 500 anos de história!

Em 2002, especialmente, a candidatura do tucano José Serra custou bilhões de dólares ao povo brasileiro. Talvez tenha sido o maior prejuízo de nossa história. Nem a segunda guerra mundial, a guerra do Paraguai ou os grandes períodos recessivos internacionais, como o “crash” da Bolsa de Valores de Nova York em 1929 ou o colapso do mercado imobiliário que levou à crise bursátil de agosto de 2008 nos Estados Unidos, nos custaram tanto quanto o auxílio luxuoso dos banqueiros e especuladores à candidatura Serra, elevando o dólar a mais de R$ 4,00 às vésperas do pleito presidencial de 2002, aterrorizando o país. Era o “risco Brasil”, inflado no falso temor da eleição daquele que viria a ser – ao lado de Getúlio e de JK – um dos maiores presidentes da história do Brasil. Triste ironia que nos custou bilhões de dólares de nossas reservas…

Nenhum comentário:

Postar um comentário