sábado, 25 de junho de 2011

Protesto de trabalhadores volta a expor fragilidades da saúde cada vez mais privatizada

Via Correio da Cidadania -  Gabriel Brito

Na última semana, mais uma categoria do funcionalismo público voltou a se manifestar contra as políticas do governo de turno. Dessa vez, foram os trabalhadores estaduais da saúde do estado de São Paulo, vítimas das políticas privatistas que os últimos governos tucanos implantaram na unidade mais rica da federação.

Cansados das péssimas condições de trabalho e salário, cerca de 2 mil médicos, enfermeiros e funcionários administrativos se manifestaram no “quarteirão da saúde”, onde se localiza o complexo do Hospital das Clínicas de São Paulo e outros prestigiados institutos de saúde, como o Incor e o Emilio Ribas, que juntos contam com os serviços de cerca de 15 mil trabalhadores.

“Depois de muito tempo, voltamos a ter várias movimentações pelo estado, afinal, são praticamente 10 anos sem aumento salarial. Essa foi a questão inicial levantada pelos trabalhadores e apresentada pelo sindicato ao governo”, afirmou Paulo Spina, funcionário do CAISM (Centro de Atenção Integral à Saúde Mental) Água Funda e membro do Fórum Popular da Saúde, fundado para congregar toda a militância da área contra os ataques do poder público a um dos direitos mais básicos pelo qual deveria zelar.

Como é de se supor, a pauta principal passa por uma melhoria salarial, uma vez que os funcionários se encontram em parâmetros realmente alarmantes de remuneração, sendo corriqueiro encontrar tanto trabalhadores dos ramos hospitalares como administrativos ganhando salários na faixa de 400, 500 reais, amarrados a complementos que se baseiam em metas produtivistas, caracterizando o que se compreende como ‘mercantilização da saúde’. Além disso, contam com o irrisório valor de 4 reais no vale-alimentação.

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