domingo, 19 de junho de 2011

Mídia mantém silêncio sepulcral sobre popularidade de Dilma

Quando a pesquisa não mostra o esperado - Marcos Coimbra, no Correio Braziliense

Para que gastar dinheiro fazendo pesquisas se vamos ignorá-las caso não mostrem o que queremos?
No Brasil, como em qualquer democracia contemporânea, as pesquisas de opinião são parte do dia a dia da política. Faz tempo que é assim.

É claro que isso começou depois do fim da ditadura. Entre 1964 e a redemocratização, elas foram parcimoniosamente realizadas e divulgadas. Sem eleições para o Executivo, a não ser em cidades do interior, quase ninguém fazia pesquisas de intenção de voto. E, dado que a opinião pública é pouco (ou nada) relevante nos regimes autoritários, tampouco se faziam pesquisas sobre os sentimentos e as avaliações da população a respeito de temas administrativos e governamentais.

Foi ao longo desses mesmos 20 anos que aumentou a importância das pesquisas mundo afora. Enquanto elas foram se incorporando ao cotidiano dos países desenvolvidos, sendo regularmente realizadas para veículos de comunicação, governos, instituições acadêmicas, organizações da sociedade civil, entidades de representação de interesses, partidos políticos e candidatos, por aqui o ambiente lhes era hostil.

Nos atrasamos em relação a esses países, demoramos a acertar o passo, mas conseguimos. De meados da década de 1980 para cá, as pesquisas (de opinião, mas também de mercado — o que é outra história) se modernizaram e se consolidaram no Brasil.

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