sábado, 25 de junho de 2011

A queda de Aécio e a imprensa em Minas

No último domingo acordei ao som das gargalhadas do meu irmão. Ao perguntá-lo o motivo de tanta alegria às 7 da manhã, fui informada que Aécio Neves havia caído do cavalo. A princípio, pensei que fosse piada. Após uma olhada rápida no twitter, descobri que não havia nenhuma figura de linguagem na queda do senador tucano. O acidente lhe custou cinco costelas e a clavícula direita quebradas.

Por Luana Diana dos Santos*, no blog Viomundo

Na padaria não havia outro assunto. Enquanto tomava meu cafezinho acompanhado por um pão com manteiga, observava um grupo de senhores de meia idade organizarem um ‘bolão’ dos motivos do tombo do ex-governador. Sei que é pecado rir da desgraça alheia, mas foi difícil me conter diante das apostas: “O cavalo deve ter sido presente do Serra”…; ”A eguinha ‘pocoPó’ se rebelou contra a tucanada”…risos….

Saciada a minha fome, dei uma folheada no Estado de Minas, o maior jornal das Gerais. Buscava uma foto, alguma notícia em relação ao quadro de saúde de Aécio. Não encontrei absolutamente nada. É aí que a queda do tucano perde a graça.

A falta de notícias quanto ao que realmente aconteceu com o neto de Tancredo na tarde de sábado é apenas mais um capítulo do clima de cerceamento que vive a imprensa mineira. No episódio que ficou conhecido como #Aéciodevassa ocorreu a mesma coisa. Nem uma mísera linha sobre o assunto no jornal. Por aqui, qualquer fato que desagrade Aecim ou o Governo, hoje liderado pelo também tucano, Antonio Anastasia, fica de fora dos veículos impressos e televisivos. Quando divulgados, são feitos de maneira deturpada e tendenciosa.

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