domingo, 19 de junho de 2011

Duronas, belas, tratores: mulheres ganham força no governo federal

Rachel Duarte

No universo masculino da política institucional, a presidente Dilma Rousseff completou um time inteiro de futebol no primeiro escalão do governo federal – ela e mais dez ministras – ao nomear Gleisi Hoffmann para a Casa Civil e Ideli Salvatti para as Relações Institucionais. Os homens tratam de se acostumar com a presença delas, mas adjetivam: são duronas, belas, tratores. Em Brasília, o Sul21 acompanhou a primeira semana das mulheres no poder.
Os beijos fazem parte dos cumprimentos em eventos oficiais, que passaram a ter palanques ainda mais equilibrados. Ao lado de Dilma sempre estão os presidentes do legislativo federal, Marco Maia (Câmara) e José Sarney (Senado), e agora, Gleisi, Ideli ou Miriam Belchior (Planejamento e Gestão). Nos minutos depois dos discursos em solenidades no Palácio do Planalto é um beijo nelas, ou mesmo dois, e um aperto de mão neles. Não raro as ministras também encerram suas falas mandando beijos. “Um beijo a todos”, finalizou Ideli em seu discurso de posse na última segunda.

Os homens da política nacional não estão dispensando referências às mulheres do governo quando usam os microfones. Nos bastidores, normalmente algum deixa escapar alguma brincadeira. O presidente do Senado, José Sarney, disse na última semana que “o negócio é os homens começarem a usar saia” para voltar a ocupar espaços importantes. Outro peemedebista brincalhão foi o senador gaúcho Pedro Simon, que disse aos senadores do PMDB que se juntassem para formar uma comissão de minorias e reivindicar mais espaços na política.

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