Nenhum militante sindical daqueles anos desconhece a importância da Oposição Sindical Metalúrgica de São Paulo
Alipio Freire
Terça-feira, 7 de junho de 2011: falece em São Paulo, aos 63 anos, o líder metalúrgico Cleodon Silva.
A grande bandeira nacional da Praça dos Três Poderes não foi hasteada a meio-pau. A grande maioria dos brasileiros sequer ficou sabendo.
Em seu texto de despedida, “Vá Silva, seu visionário com olho de águia!”, que circula na internet, Vito Giannotti – companheiro de Silva desde os anos de 1970, nos conta: “Em 1971, desembarcou na velha rodoviária de São Paulo um dos milhões de nordestinos que deixavam Pernambuco rumo ao Sul Maravilha. A maravilha que Cleodon buscava era a revolução, a grande Revolução Socialista. Na sua mala de couro, trouxe duas armas, que o acompanharam por longos anos até serem trocadas pela Internet: uma velha máquina de escrever e um reco-reco, espécie de mimeógrafo artesanal. Com este arsenal iria se integrar à Oposição Sindical Metalúrgica para lutar contra os patrões, os pelegos seus capachos e aliados, e contra a Ditadura instalada a serviço do capital”.
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