domingo, 17 de julho de 2011

Área “Vip” em hospitais?

Esses tucanos safados só sabem privatizar.

Clara Roman

A partir de agosto, Organizações Sociais (OS) que administram hospitais públicos paulistas deverão ser ressarcidas pelo atendimento realizado com pacientes conveniados a planos de saúde. Um decreto do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) – que instituiu, nesta semana, a polêmica lei aprovada pela Assembléia Legislativa, no final de 2010 – permite que até 25% dos leitos dessas instituições sejam utilizados por estes pacientes.

Com a norma, especialistas acreditam que o governo tucano esteja estabelecendo uma “dupla porta” nos hospitais da rede pública, com uma espécie de “cota” que beneficiaria justamente uma fatia já privilegiada da população. Dizem também que, com a negociação direta entre OSs e convênios, o sistema público não teria nenhum tipo de ressarcimento e as organizações privadas, aparentemente sem fins lucrativos, teriam ganhos indefinidos.

Em declaração ao site Vi o Mundo, o presidente do SindSaúde (Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde), Benedito Augusto de Oliveira, chegou a classificar a mudança como “criminosa”. “Não há como regulamentar essa separação de leitos ou dizer a uma pessoa doente que ela ficou além da cota prevista pelo projeto. Isso é um crime. A proposta de privatização dos leitos antes que Alckmin assuma o governo demonstra o interesse econômico e político do projeto”, afirmou.

As OSs são entidades contratadas pela Secretaria de Saúde para gerenciar unidades de saúde com o intuito de tornar a administração mais ágil, sobretudo para a contratação de pessoal.

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