quarta-feira, 27 de julho de 2011

Santayana – Perigos do retrocesso


Por: Mauro Santayana
 
É preciso que trabalhadores e estudantes tenham consciência de que lutar contra as novas privatizações não é ir contra o projeto de governo da presidenta Dilma, mas sim seu apoio
Há algumas atitudes do governo que começam a preocupar os setores mais sensatos da intelectualidade e dos meios sindicais brasileiros. É notória a pressão que vem sofrendo a presidenta Dilma Rousseff para que se desvie de seu projeto de combater as desigualdades, internas e entre as nações. Como sempre, querem que o governo governe “para o mercado”, e não para o povo. Foi importante, e politicamente natural, que as organizações populares dessem todo o seu apoio ao presidente Lula, e aceitassem alguns sacrifícios, em nome da estabilidade governamental.
O sistema Telebrás, mantido sob controle público, seria hoje um dos maiores conglomerados do mundo. Os grandes lucros auferidos pelas empresas estrangeiras – hoje enviados para o exterior – estariam promovendo o desenvolvimento tecnológico e criando empregos
Os sindicatos admitiram que o governo convocasse grandes empresários nacionais a fim de constituir um conselho – extraconstitucional – para assessorar a administração, no qual os trabalhadores não tinham peso equivalente. Da mesma forma, eles admitiram alianças para que o presidente da República pudesse dispor de maioria no Congresso Nacional. Mas, agora, é importante que os trabalhadores e os jovens exerçam sua vigilância e se manifestem, porque, sob o disfarce do entendimento nacional, as mesmas forças entreguistas de sempre voltam a se articular para a retomada do processo de privatizações.

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