domingo, 17 de julho de 2011

A morte em vida de FHC

por Walter Pinheiro no Congresso em Foco

Ao agradecer a homenagem que recebia no Senado em comemoração ao seu 80º aniversário, na semana passada, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou a certa altura que se sentia como se tivesse morrido, pois no Brasil, segundo ele, só se faz festa para quem já saiu desta vida para outra.

Se morto está o ex-presidente é para o PSDB, seu filho ingrato. O partido fundado por Fernando Henrique o enterrou antes mesmo de ele deixar o Palácio do Planalto, em janeiro de 2003. Foi durante a campanha eleitoral de 2002, vencida pelo ex-presidente Lula, quando o então candidato José Serra ignorou FHC solenemente.

Mas esta não seria a única vez. Toda a obra de FHC nos oito anos dos seus dois mandatos, e mais no tempo de ministro da Fazenda do presidente Itamar Franco, quando implantou o Plano Real, foi primeiro ignorada por Serra em 2002, depois por Geraldo Alckmin, em 2006, e novamente por Serra, em 2010.

Como Pedro fez a Cristo, o PSDB negou Fernando Henrique por três vezes.

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