domingo, 17 de julho de 2011

A CIDADE DE MENTIRA

Se você é um cidadão comum, que trabalha em algum lugar, e tem compromisso com horário, responda a seguinte pergunta. O que você prefere. um sedã nacional, zero quilômetro e razoavelmente confortável mas que demore 50% a mais do tempo para te levar ao serviço, ou um mesmo sedã nacional, um pouco mais velho, também razoavelmente confortável, mas que faça o mesmo percurso no tempo necessário?

A resposta da maioria das pessoas seria o óbvio. A maioria prefere mesmo, o carro praticamente igual em termos de conforto e segurança, alguns anos mais velho, mas que cumprisse sua função a contento. Ou seja, que levasse ao trabalho economizando tempo e claro, dinheiro, já que um está invariavelmente ligado ao outro.

Agora adapte a mesma lógica ao transporte coletivo. Existe uma mítica na administração pública moderna, especialmente em algumas cidades do país, que é a do "comprar, comprar, comprar". O administrador quer seduzir seu povo do mesmo modo que os portugueses seduziam os indígenas na época do "descobrimento". Entregando espelhinhos reluzentes, que de valor efetivo, tinham muito pouca coisa.

Ora, claro que é importante para uma cidade poder contar com ônibus novos em sua frota. Mas será que tratar isso como se fosse a revolução industrial não é chamar o pagador de impostos de idiota?

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