domingo, 17 de julho de 2011

As diferenças que contam

Mauricio Dias – Carta Capital

Discursos do presidente prefaciados pelo mote “nunca antes na história deste país…” tornaram-se troça da imprensa com Lula e de Lula com a imprensa. Mas, afora essa curtição, bem ao gosto do coração corintiano do ex-operário metalúrgico, a frase expressava, em várias ocasiões, situações inéditas como a que pode ser extraída agora de um estudo recente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) sobre “15 anos de Gasto Social Federal – de 1995 a 2009”.

O trabalho mostra como a política social praticada pelo petista na crise de 2009-2008, foi radicalmente oposta à prática dos governos tucanos nas crises de 1998-1997 e 2003-2002 (gráfico). Nos três momentos o País foi atingido por crises econômico-financeiras geradas muito além das fronteiras brasileiras.

Em 1998 e 2002, sob o governo de FHC, o Gasto Social Federal cai e acompanha a queda do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2008, O PIB despenca e o GSF acelera em sentido oposto. A decisão política é concretamente definida: não sacrificar o investimento social do governo.

Nos gastos sociais considerados pelo Ipea está incluído o dinheiro “efetivamente gasto nas políticas sociais no total de recursos mobilizados pelo governo federal” em meio à disputa dos vários interesses legítimos, de inúmeros agentes, em torno do dinheiro público.

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