Este desatualizado e arcaico blogueiro demorou um certo tempo para entender o que significava a sigla-expressão "OMG" postada eventualmente nas redes sociais.
Ficou sabendo depois que era a abreviação de "Oh, My God". Achou curiosa e engraçada.
Sendo assim, dela fará uso pela primeira vez. E numa postagem sobre a tão tradicional vassalagem na mídia brasileira. É quase incacreditável que um jornal que se diz tão credibilizado como a Folha de S. Paulo continue insistindo na besteira de querer parecer americanizado. Só a Veja sendo assim, já basta. Não precisamos de outros imbecís a mais para figurar em nosso escalão de tontos.
Na manhã primaveril de hoje eis que leio nas ranhetices de notícias matinais publicadas no site do diário oficial da tucanolândia, que Ahmadinejad atacou o "ocidente" em seu discurso na ONU. Mas que ocidente, cara pálida? Ele atacou com todas as letras Estados Unidos, Israel e alguns vassalos da Europa, mas não, não atacou Brasil, Argentina, Paraguai. Nem Cuba, nem Venezuela, nem México ou o Canadá, todos países que fazem parte sim, dona Folha, do ocidente.
Essa expressão, o "ocidente", foi forjada pela imprensa americana nos tempos da Guerra Fria para dizer que a então União Soviética era contra a tal liberdade existente no nosso lado do mundo*. Era uma forma de nos cooptar sem percebermos. Coisa de dialética. Com as palavrinhas queriam dar a entender que eramos todos do mesmo time e se portanto atacassem um, atacavam a todos.
Óbvio que besteira maior não existia. Nós estavamos aqui para os EUA, muito servís, claro, mas eles nunca estiveram lá para conosco. Nem FHC, com todo seu estudo "conseguiu" ver esta coisa tão básica da política internacional.
OMG, Folha! O iraniano não quer briga conosco, não. Ele tá é (faz tempo) chamando a América pra um téte à téte; coisa que ela tem refutado pois como sabemos, os EUA só atacam países que disponham de bastante petróleo e NENHUMA arma potente para revidar. Do contrário, qual a explicação para jamais terem bombardeado a China (quando ainda era pobrinha), a então URSS, a Coréia do Norte, o Paquistão e outrros integrantes do "eixo do mal", que desrespeitam tão reiteradamente os direitos humanos?
A Folha perde novamente mais uma oportunidade de não falar besteira. Na outra ponta, não falou absolutamente nada significativo sobre seu país do coração, os EUA, terem condenado à morte mais um homem que tinha todas as chances de ser inocente e estar na prisão por engano. Ah, se fosse na China, ah, se fosse a Sakineh, no Irã. Que não lembra do carnaval que fizeram sobre a condenação daquela mulher à morte? Era injusto? Sem dúvida. Mas e um homem inocente ser eletrocutado** na América, não é igualmente injusto?
Mas não.
É demais pedir para os jornalistas da Folha fazerem um intensivão de política internacional em alguma escola fora do Higienópolis?
* A "liberdade" defendida pelos EUA na América era uma piada de mal gosto. Lembremos que ela falava de democracia mas ajudou a fundar e financiou TODAS as ditaduras da América Latina. Inclusive a do Brasil.
** Na verdade a América não mata mais por choque elétrico, é muito "cruel". Mata por injeção letal. Eles respeitam os direitos humanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário