A definição de estratégias para incentivar o desenvolvimento econômico em Minas que promovam também o bem-estar das pessoas é fundamental, defendeu na última terça-feira (13), em Governador Valadares, na Região do Rio Doce, o deputado André Quintão, coordenador do Seminário Legislativo Pobreza e Desigualdade na abertura do evento representando o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Dinis Pinheiro.
Isto significa, segundo ele, distribuição de renda, com geração de emprego de qualidade e com superação da pobreza extrema em sintonia o programa Brasil sem Miséria que está sendo lançado pela presidenta Dilma Rousseff em todo o Brasil. Ou seja, romper a pobreza extrema por meio do desenvolvimento econômico e social.
Segundo o deputado, o Rio Doce vive um processo de certa estagnação econômica e, portanto, é necessário o investimento em ações para alavancar o desenvolvimento.
O objetivo do seminário é exatamente o de discutir desenvolvimento com distribuição de renda em todo o Estado. André lembra que o Rio Doce tendo Governador Valadares como centro irradiador – cidade-pólo da região – tem um papel importante no sentido de apontar diretrizes que busquem reativar o desenvolvimento econômico da região.
A desigualdade existente entre as regiões do Estado pode ser percebida, segundo André, também no Rio Doce onde existem cidades com alto nível de desenvolvimento, principalmente, puxado pela indústria siderúrgica e outros municípios com crescimento praticamente zero. “È importante que na estratégia do Estado de promover e atrair novos investimentos que exista um olhar diferenciado para essas microrregiões aproveitando os recursos hídricos”, afirma.
O deputado destaca a importância da Bacia do Rio Doce como vetor de desenvolvimento da agricultura e também do apoio à rede pública e básica de educação, profissionalização e ensino superior. André afirma que para que se tenha a capacidade de novos investimentos é fundamental que seja elevada a qualificação das pessoas da região.
Em Governador Valadares existem 33 mil famílias que recebem até 140 reais per capita, o que significa quase a metade da população da cidade, afirma a prefeita Elisa Costa. A cidade, portanto, ainda tem níveis altos de pobreza e precisa, segundo ela, promover o desenvolvimento para que essas famílias possam acender á classe média.
Para a secretaria municipal de Assistência Social de Coronel Fabriciano, Júlia Restore, para conseguir erradicar a pobreza é preciso aliar desenvolvimento econômico e social. E neste esforço, segundo ela, os três níveis de governo precisam trabalhar articulados para a implantação de políticas públicas para superar a desigualdade. Júlia alerta que o combate à desigualdade não pode ser feito de forma isolada.
Ao final do seminário dentre nove novas propostas aprovadas pelo grupo de desenvolvimento econômico sustentável estão a dos catadores de materiais recicláveis apoiando a criação de um bolsa reciclagem para o pagamento de serviços sócio-ambientais prestados e também a sua inclusão na coleta seletiva dos municípios.
Para Raquel Rodrigues da Silva, representante do Movimento Nacional de Catadores, a criação da bolsa verde é fundamental para o meio ambiente. Também aprovada a proposta apresentada pela Associação Comunitária de Xonin de Cima para que o Estado crie condições de garantir aos distritos a banda larga. Para Fábio Pereira, essa é uma questão fundamental para o desenvolvimento na medida em que diminui a desigualdade e a pobreza. Alguns municípios da região do Rio Doce sequer têm telefonia fixa.
Já no grupo de desenvolvimento social a garantia de veículos para os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) realizarem a busca ativa foi enfatizada. Este grupo também aprovou o acompanhamento social nas escolas que consta da Lei 16.683/2007, do deputado André Quintão. Vasconcelo Ferreira Lagares, do Núcleo de Assistentes Sociais do Vale do Aço, que apresentou esta proposta ao grupo, afirmou que ela tem como objetivo inserir o profissional do serviço social no âmbito da educação e contribuir para o enfrentamento das diversas refrações da questão social que chegam no interior da escola atuando também junto às famílias dos alunos. Por meio desta ação, segundo ele, é feita a inserção social das famílias e alunos em programas e projetos que buscam a elevação da qualidade da educação.
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