A tucanagem paulistana não está em pé de guerra, como algumas notícias de jornal poderiam fazer crer. Gemidos, ranger de dentes, mas logo estarão convivendo com o inevitável, do qual quiseram escapar.
Serra, candidato, será a solução natural da direita.
Não há, entre seus quadros, alguém que a traduza tanto o ódio, o despeito, o inconformismo com o que a elite vê a “gentalha” que passou a ser importante no Brasil.
O que a candidatura Serra tem a oferecer a São Paulo, além disso? Um ano e alguns meses de “gestão” até que ele vá, como um fantasma que arrasta as correntes de sua maldição, candidatar-se a Presidente, outra vez. Aliás, um curto tempo em que estará mais ocupado em sabotar Aécio do que com a cidade?
Serra só pode oferecer o ódio e por isso sua cabia tentar evitar sua candidatura.
O ódio nunca é revolucionário, embora a raiva estar presente nas revoluções e às revoluções seja um desafio contê-la. Mas o ódio tem um nível de premeditação e egoísmo que só o reacionário alcança, porque quer impedir e não aceitar.
Qualquer candidato de esquerda, tem de conceder, transigir, abranger, incluir para representar a São Paulo cosmopolita e polibrasileira.
Tem de ser o avanço, o sim.
Serra tem de ser o candidato do passado, do “não”.
Serra, e nenhum outro, pode expressar isso tão plenamente.
Ele é o mal em estado puro e vai arrastar, na sua partida, “almas” que em torno dele gravitaram e que não lhe podem escapar, vencendo ou perdendo. Estão, as forças de direita, todas com eles, mas muitas delas loucas por escapar-lhe.
Porque Serra é um vórtice, não uma fonte; um inverno, não uma primavera. Um destruidor, não um construtor.
Ao contrário de Lula, alguém consegue imaginar Serra estendendo a mão a um adversário? Construindo um caminho comum com alguém, uma nova alternativa?
Serra será o candidato dos que odeiam. Um candidato da carranca, do rancor, da tristeza, da treva.
Contra o qual a alegria e luz podem ser , se o compreendermos e fugirmos do sectarismo, podem ser invencíveis.
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