Dono do jet ski que matou criança é barão do lixo ligado ao PSDB
Máquina pertence à família do empresário José Cardoso, que
pretendia disputar a prefeitura de Suzano em 2012 com apoio de Alckmin; seu
lixão coleciona multas por irregularidades e agora ele pode ser indiciado por
homicídio doloso, já que emprestou o aparelho, que matou Grazielly, ao afilhado
A polícia de Bertioga, no litoral de São Paulo, divulgou
nesta quarta-feira o nome do dono do jet ski que matou uma menina de três anos
no último final de semana. Ele pertence à família do empresário José Augusto
Cardoso, o Zé Cardoso. Ele emprestou a máquina ao afilhado, um adolescente de
14 anos, que supostamente a pilotova no momento do acidente que matou
Grazielly.
O governador Geraldo Alckmin estudava apoiar Zé Cardoso para
disputar a eleição municipal de Suzano este ano, pelo PSDB. O vice-presidente
Nacional do PSDB e secretário de Estado de Desenvolvimento Metropolitano, Edson
Aparecido, no entanto, se mostrou contra a nomeação. Para ele, o partido
deveria lançar Paulo Tokuzumi. Um dos principais motivos pela resistência é que
Zé Cardoso está com seu aterro fechado por determinação da Cetesb e da Justiça
há meses e tem recebido uma multa atrás da outra por irregularidades diversas
no aterro Pajoan de Itaquá.
Na semana passada, a última multa recebida pelo Pajoan chegou
a R$ 900 mil. Agência regional da Cetesb constatou que a empresa de Cardoso
vinha recebendo novas cargas de resíduos sólidos, provenientes da coleta
pública, em descumprimento à interdição imposta judicialmente desde maio do ano
passado, conforme denúncia feita pela Diocese de Mogi das Cruzes. A Companhia
também cancelou a autorização provisória para a área de transbordo que estava
sendo utilizada pela empreiteira para transportar cerca de 250 toneladas de
resíduos de Poá e Itaquaquecetuba para o encaminhamento a aterros sanitários
licenciados.
Zé Cardoso pode agora ser indiciado por homicídio pelo caso
Grazielly. A menina de três anos havia chegado à cidade na sexta-feira (17)
junto com um grupo de dez pessoas, entre familiares e amigos, da cidade de
Artur Nogueira, também no interior paulista. Era o primeiro passeio dela na
praia. Ela fazia castelos de areia com a mãe na beira do mar quando foi
atropelada pelo veículo em alta velocidade que saiu da água. O adolescente,
segundo testemunhas, fugiu do local sem prestar socorro.
Postado por O TERROR DO NORDESTE
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