Bem feito! Quem mandou votar nesse traidor das causas
populares.
Brasília – O debate na Comissão de Direitos Humanos do Senado
sobre a operação da Polícia Militar que resultou na desocupação do terreno onde
estava instalado bairro Pinheirinho, em São José dos Campos (SP), provocou um
bate-boca entre os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Aloysio Nunes Ferreira
(PSDB-SP).
O senador tucano defendeu a operação dizendo que
anteriormente foram apreendidas drogas e armas no local. Segundo ele, a
audiência serve apenas para atacar politicamente o governo de São Paulo,
comandado pelo PSDB. Já Suplicy disse que houve excesso da polícia e que a
operação ocorreu de forma apressada, antes de se esgotar o diálogo.
“A história contada pelo senador Suplicy no plenário foi
relatada dez dias depois, perante testemunhas que eram funcionários do gabinete
do senador Suplicy”, disse Aloysio Nunes Ferreira em relação a um vídeo com
depoimentos de moradores do Pinheirinho após a desocupação.
Aloysio Nunes Ferreira disse que propôs debater outras
operações de desocupação em estados governados pelo PT, mas os pedidos não
foram aprovados pela comissão. “Meu propósito era fazer aqui uma discussão a
respeito dessa situação delicada em que a polícia – cumprindo ordem judicial ou
às vezes não, como foi o caso no Distrito Federal – usa da força física para a
manutenção da ordem, podendo cometer abusos”, argumentou o tucano.
“No entanto, não foi esse o procedimento da comissão. Embora
tenha indicado à secretaria da comissão os nomes e os endereços das pessoas que
pretendia ver ouvidas na mesma ocasião em que se tratasse do caso Pinheirinho,
a audiência pública foi marcada apenas para o caso Pinheirinho”, destacou o
senador do PSDB.
Já Suplicy alegou que concordou em ouvir os representantes do
governo de São Paulo e também debater a situação em outros estados. Contudo,
acrescentou o petista, devido à falta de tempo, os debates devem ocorrer em
outra data.
“Queira o senador Aloysio Nunes ter a dignidade de ver esse
filme com as cenas, algumas das quais de emissoras de tevê, demonstrando a
violência ocorrida. Isso é preciso que se diga. E ele aqui veio me dizer que
funcionárias minhas aqui fizeram declarações, elas foram testemunhas da
barbaridade ocorrida. E é importante que ele possa ouvir, possa ouvir e possa
trazer aqui o comandante da Polícia Militar, o senhor Álvaro Camilo”, rebateu
Suplicy.
O líder comunitário e ex-morador de Pinheirinho Valdir
Martins de Souza considerou “uma covardia” o que ocorreu em São José dos
Campos. “Aquilo ali não foi uma desocupação”, destacou.
Durante a audiência foram ouvidos representantes dos
ex-moradores do Pinheirinho e da Secretaria Nacional de Habitações, ligada ao
governo federal. O prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury, foi convidado
para participar da audiência, mas informou que não poderia comparecer. Também
foram convidados e não compareceram o presidente do Tribunal de Justiça de São
Paulo, desembargador Ivan Sartori; o juiz Luiz Beethoven Ferreira; o comandante-geral
da Polícia Militar de São Paulo, Alvaro Batista Camilo, e o secretário de
Habitação do Estado de São Paulo, Silvio Torres.
*Matéria originalmente publicada em Agência Brasil
Postado por O TERROR DO NORDESTE
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