domingo, 22 de maio de 2011

"Abuso sexual acontece em todas as classes sociais"

A monarca descreve sua cruzada mundial contra a exploração infantil, defende a criação de filhos sem palmada e diz que o povo adora a realeza porque gosta de conto de fadas

Eliane Lobato

COMO QUALQUER MORTAL
Elegante aos 68 anos, ela faz dieta, mas não resiste a uma feijoada

Ela nasceu na Alemanha, é filha de mãe brasileira, viveu em São Paulo entre a infância e a adolescência e é rainha da Suécia. As raízes múltiplas de Silvia Renate Sommerlath, 68 anos, conhecida como rainha Silvia da Suécia, e o fato de falar seis línguas – alemão, espanhol, inglês, sueco, português e francês, além de dominar a comunicação de sinais para deficientes auditivos –, a capacitam a comandar o desafio internacional que abraçou desde 1999, quando fundou a World Childhood Foundation: combater o abuso e a exploração sexual infantil mundo afora.

A rainha veio ao Brasil na semana passada para divulgar a causa e arrecadar fundos para a Childhood Brasil. No País, a batalha contra esse tipo de exploração tem conseguido mais visibilidade. Desde que o serviço gratuito Disque 100 foi criado, oito anos atrás, mais de 66 mil denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes foram registradas. É em oportunidades como essas que ela mais sente o valor de ser uma monarca, segundo disse em entrevista exclusiva à ISTOÉ. Usar a coroa para dar visibilidade a essa luta é sua real gratificação, garante. Casada há 35 anos com o rei Carlos XVI Gustavo da Suécia, mãe da princesa herdeira Vitória, do príncipe Carlos Felipe e da princesa Madalena, bonita, magra e simpática, a rainha Silvia diz que entende o interesse dos comuns mortais pela vida dos nobres como sendo uma busca por uma referência de conduta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário