domingo, 29 de maio de 2011

Palocci - À mulher de César, não basta ser honesta...



No fim de semana, a Folha de São Paulo publicou matéria demonstrando o grande crescimento dos bens pessoais do ex deputado federal e atual chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Entre 2006 e 2010, o patrimônio do ministro foi de R$375 mil para R$7,5 milhões, através da Consultoria Projeto, que ele montou com a sua esposa Margareth.

Com a publicação da matéria, a imprensa correu atrás dos envolvidos, para repercutir e tentar esclarecer o crescimento patrimonial de Palocci. O Ministro se recusou a detalhar a natureza de suas consultorias ou os clientes envolvidos, e o Planalto, pela palavra do Secretário Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, considera o assunto encerrado.

Tendo em vista a conturbada relação do Governo Lula com a imprensa, que o perseguiu implacavelmente durante os seus oito anos de presidência (e ainda o persegue), talvez fosse o caso de o Planalto refletir melhor sobre essa sua postura de não se preocupar em explicar nada para a imprensa. Senão, vejamos:

desde o mensalão, em 2005 (sei que o caso não ocorreu como a imprensa noticiou, de deputados receberem mesadas para votar com o governo, mas o fato é que no mínimo ocorreu caixa 2 de campanha ali naquele caso, o que também é crime), o fato é que o PT deixou de ter o monopólio sobre a moral e a ética na política. Se antes de ganhar a presidência, essa era a imagem que boa parte da população tinha do Partido dos Trabalhadores, isso esfarelou no escândalo dos Correios e caiu por terra de vez no mensalão. Desta forma, o PT passou a ser visto como mais um partido, igual aos outros, que utiliza das mesmas armas para chegar ao poder. O que é bom, pois deixa muito claro que no nosso atual sistema político, não há brechas para a ingenuidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário