domingo, 29 de maio de 2011

Comunicação: o cerne da questão



Durante os últimos anos, jornais, revistas e TVs resgataram e aperfeiçoaram as técnicas de manipulação e partidarismo político dos tempos que antecederam e sustentaram a ditadura militar entre 64 a 85, causando a morte e o desaparecimento de milhares de brasileiros. São truques e procedimentos conhecidos por muitos de nós:

O truque campeão é o factoide – jogada ensaiada pelos membros do PIG: um faz o lançamento, o outro recebe, tabela como o terceiro, recebe e parte livre em direção ao gol. Falha ou Estadão faziam o lançamento do boato durante a semana. O Jornal Nacional matava no peito mencionando a Falha ou Estadão como “fonte” e tabelava com eles durante a semana. A Veja recebia o passe “redondinho” e finalmente, aos sábados, publicava o “golaço” na matéria de  capa. Durante a semana seguinte, o PIG comentava, entrevistava, reprisava a jogada por todos os ângulos etc. Até o surgimento da Internet, era como se o time da “verdade” não tivesse goleiro. Agora tem. A defesa – que tem mídia alternativa, blogues, Youtube, comunidades virtuais e outros espaços – bate de frente com o PIG, instantaneamente. Mas só na Web.

Outro método usado pelo PIG para atacar pessoas, grupos ou governos inteiros é o ponto de vista que veicula. Existem o fato e sua leitura. O golpismo está na pior maneira (neste caso contra o governo) de noticiar o fato. Em vez de dizer que 27 milhões saíram da miséria, diz que o Brasil ainda tem 23 milhões de miseráveis. Em vez de dizer que o povo compra mais, dizem que se endivida mais. Em vez de dizer que Dilma foi eleita porque recebeu 12 milhões de votos a mais que Serra, dizem que só 56 dos 190 milhões de brasileiros votou na candidata de Lula. Em vez de informar que parentes diretos de todos os políticos usam passaportes especiais, se limitam a citar os filhos de Lula.
Uma das maneiras de desqualificar o governo é a omissão: nenhum órgão de imprensa é obrigado a publicar coisa alguma. Liberdade de expressão também significa liberdade de omissão. Não fossem o IBGE e outros institutos nacionais e internacionais medirem todos os avanços feitos no Brasil, nos últimos 8 anos, a imprensa brasileira elegeria Serra que, por sua vez, roubaria todos os créditos de Lula.

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