domingo, 29 de maio de 2011

Ana de Hollanda

"Tem gente investigando minha vida"

Ministra diz que mudanças desagradaram a setores encastelados na Cultura e que está sendo rastreada na Receita Federal

Octávio Costa e Sérgio Pardellas

FICO - Ana de Hollanda diz que pretende ficar quatro anos à frente do ministério

Filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e irmã do cantor e compositor Chico Buarque, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, foi a grande surpresa da montagem do governo Dilma Rousseff.

Mas, rapidamente, tornou-se alvo de violentos ataques. Mal sentou na cadeira, Ana viu o sociólogo e petista histórico Emir Sader chamá-la
de autista. Depois, foi criticada pela opinião sobre os direitos autorais.

Em seguida, a pedido da Controladoria-Geral da União (CGU), teve de devolver diárias recebidas por dias de folga no Rio de Janeiro, onde tem imóvel próprio. Ana contornou todos os episódios, mas acredita que grande parte das intrigas partiu do chamado fogo amigo. “Quando a gente toma um rumo, nem sempre está agradando a todos. Sei que algumas alas não estão se sentindo contempladas da mesma forma que antes”, afirmou a ministra, em entrevista à ISTOÉ. Em sua avaliação, alguns tiros vieram de dentro do próprio ministério.

“Sei que tem gente investigando a minha vida”, constata. Também cantora e compositora, ela garante que o irmão mais famoso não dá palpites em sua administração.

Mas afirma que a família Buarque de Hollanda “está preocupada com o grau de dificuldade” que ela está enfrentando. “É evidente que o alvo é minha família”, diz. Para Ana de Hollanda, a nova lei do direito autoral deve proteger mais o autor. Sobre o tema, o ministério vai promover nos próximos dias 31 e 1º de junho um grande debate para colher sugestões ao Plano Nacional de Cultura, que será encaminhado ao Congresso até julho.

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