sábado, 14 de maio de 2011

Mudança no Metrô de SP mostra governo autoritário



Urbanistas criticam governo do PSDB por proximidade com a "classe alta"

No protesto em forma de "churrascão", especialistas atacam relação entre o poder econômico e os ocupantes de cargos públicos        

Por: Jéssica Santos de Souza, Rede Brasil Atual

São Paulo – O "churrascão da gente diferenciada", protesto bem humorado por transporte público e contra o preconceito na região central da capital paulista, contou também com a adesão de urbanistas. Eles criticaram o planejamento e a falta de atenção conferida à mobilidade em São Paulo.

A manifestação foi organizada como reação à informação, divulgada pela mídia, de que a Companhia do Metropolitano (Metrô) havia desistido de instalar uma estação da Linha 9-Laranja na avenida Angélica. O motivo seria a pressão de moradores, que temiam a descaracterização do bairro com a presença de usuários do transporte público, qualificados como "gente diferenciada" por uma moradora em uma das reportagens sobre a movimentação.

Para Nabil Bonduki, arquiteto e professor de Planejamento Urbano da Universidade de São Paulo, a possibilidade de se eliminar uma estação de uma linha ainda em fase de projeto – sem previsão para obras nem para início de operações – mostra a a falta de planejamento.

"O governo do estado e o Metrô definem (o trajeto das linhas e a posição das estações), de maneira totalmente autoritária, de maneira desvinculada do planejamento da cidade e do processo participativo mais amplo", critica Bonduki, um dos mil manifestantes que participaram do "churrascão".

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