Washington Araújo
Em que diferem os “jornais tablóides britânicos” dos “jornais tablóides brasileiros”? Tantos uns quanto outros encontram-se sempre a poucos metros de se tornarem “sinônimo de leviandade na apuração dos fatos, exagero nos relatos e espetacularização da notícia”.
O editorial da Folha de S.Paulo de 8/7/2011 confirma a afirmação sartreana de que “o inferno são os outros” e a popular máxima que “pimenta nos olhos dos outros é refresco”. A abertura é um primor de assertividade e clareza de pensamento: “Jornais tablóides britânicos se tornaram sinônimo de leviandade na apuração dos fatos, exagero nos relatos e espetacularização da notícia.”
‘Alimentemos, então, com parte considerável deste estoque de lenha a caldeira do pensamento. Em que diferem os “jornais tabloides britânicos” dos “jornais tablóides brasileiros”? Tantos uns quanto outros encontram-se sempre a poucos metros de se tornarem “sinônimo de leviandade na apuração dos fatos, exagero nos relatos e espetacularização da notícia”.
Os próprios arquivos deste Observatório, com seus milhares de textos tendo como tema central a crítica de imprensa, constituem valioso acervo a corroborar tais afirmações. Claro que cabe apenas ao pesquisador paciente casar reportagens, notícias, escândalos reais e escândalos para consumo dirigido com as respectivas chancelas: isto aqui é pura leviandade, isto ali não passa de rematado exagero da imprensa e toda essa montanha de textos pode facilmente ser chancelada como “espetacularização da notícia”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário