Transparência São Paulo
Ao contrário do que fez no seu primeiro mandato e do que Serra fez em seu governo, Alckmin resolve fazer mais política do que obras.
A análise é coerente: com as décadas de atraso nos investimentos públicos, impactados pela política de ajuste fiscal dos anos 90 (que perdura até hoje), qualquer obra entregue, por maior que seja, já começa a funcionar de forma saturada. Vide o caso do Rodoanel (congestionado) e do Metrô de SP (superlotado).
Região metropolitana é alvo de disputa
(do Valor Econômico, por Cristiane Agostine, Samantha Maia e Vandson Lima)
O PSDB intensificou a ofensiva em busca de votos na região metropolitana de São Paulo, área em que está concentrado 47,7% do eleitorado, e levará como bandeira para a eleição de 2012 a expansão do Bilhete Único Metropolitano. De olho no reduto petista, o governador Geraldo Alckmin definiu como meta a unificação do transporte intermunicipal da maioria das 39 cidades da região com os trens do metrô e da CPTM até o fim do ano, às vésperas do início das disputas municipais. O bilhete único faz parte de um pacote de projetos estratégicos politicamente para o governo tucano. O PSDB tem dois objetivos: construir vitrines eleitorais na região dominada pelo PT e obter mais recursos do governo federal para o Estado. Na região metropolitana, excluída a capital, 57% do eleitorado está em cidades comandas por petistas.
No fim do próximo mês, Alckmin deve lançar a primeira etapa da integração do sistema de transporte estadual, com o teste do uso do bilhete único nos ônibus intermunicipais e em uma estação de metrô. Em seguida, expandirá a conexão às demais estações do metrô e da CPTM. A previsão do governo é de que haja desconto nas passagens para a população. "No fim vai ficar mais barato", diz o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido. "O subsídio virá do Estado e dos municípios. Não tem muito jeito".
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