Inquilinos de um prédio de propriedade de familiares da primeira-dama do Estado, Lu Alckmin, espossa do governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) não conseguem obter alvará porque o edifício está em situação irregular e apresenta documento falso.O edifício Royal Street, na av. Brigadeiro Faria Lima, área nobre da zona oeste de São Paulo, não tem Habite-se, documento que comprova a regularidade de sua situação na prefeitura.
Mesmo assim, a Wall Street, empresa dona do prédio, tem entregue às empresas que alugam escritórios no local um Habite-se que teria sido emitido em 2000.A prefeitura confirmou que o alvará é falso e a funcionária que o emitiu, que trabalhava na Subprefeitura de Santana, foi exonerada acusada de cometer a fraude.A Folha teve acesso a três pedidos de licenciamento que tramitam na Subprefeitura de Pinheiros por empresas instaladas no Royal Street. O documento falso aparece em todos os processos....
Segundo a subprefeitura, nenhuma empresa instalada no Royal Street tem alvará, já que o Habite-se é exigido para a emissão da autorização.É o caso do escritório brasileiro da multinacional DKT, fabricante dos preservativos Prudence, que tenta desde março obter o alvará.A MB Associados, escritório de consultoria que tem entre os sócios o economista José Roberto Mendonça de Barros, secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda no governo FHC, está na mesma situação.A consultoria se mudou para o Royal Street no começo deste ano e, no dia 11 de março, deu entrada com o pedido de alvará na Subprefeitura de Pinheiros apresentando o documento falso.
O outro processo ao qual a Folha teve acesso é o da Veloce Logística, que tramita na subprefeitura desde 26 de fevereiro do ano passado.Todas essas empresas estão sujeitas a interdição e multas por funcionarem sem alvará. O edifício, segundo a Folha apurou, deve ser interditado nas próximas semanas devido à irregularidade.
A Wall Street é acusada pela Corregedoria-Geral do Município de outra fraude, relacionada ao pagamento de outorga onerosa, uma taxa exigida para a autorização de construção de prédios altos.Em 1994, a empresa apresentou um carnê fraudado do IPTU do prédio e, com isso, pagou valor menor. Na Folha
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