“...a procuradora Andréia Bayão, responsável pela denúncia, disse ter seguido o caminho do dinheiro movimentado entre fornecedores de Furnas e os políticos influentes demotucanos, independente da autenticidade da lista, o que, para ela, não é o relevante.”
(do blog “Os amigos do presidente Lula”)
A história dos repasses financeiros, a partir da estatal Furnas, para políticos do PSDB e aliados da base do então presidente FHC está para ser esclarecida. Corre, em segredo de justiça, na 2ª Vara Criminal da Justiça Federal do Rio de Janeiro um processo em que a procuradora federal Andréia Bayão oferece denúncia.
Contra quem?
Ainda não sabemos os detalhes. Mas, pelos movimentos do PSDB tentando desqualificar a chamada “Lista de Furnas”, podemos intuir algumas coisas. O desespero é visível! O processo no Rio de Janeiro desencadeou uma série de reações tucanas, que só comprovam que eles estão com medo de algo.
Traçamos agora uma genérica linha do tempo, ao inverso, para comprovar que o desespero tucano gerou patacoadas diversas:
1) Neste final de semana (04/02/2012), o Estadão divulgou matéria informando que o PSDB “pagou” 200 mil Reais para um perito dos EUA produzir um laudo que desqualificasse a lista de Furnas. A blogosfera “suja” não demorou mais do que duas horas para descobrir que o perito contratado pelo Diretório Nacional do PSDB, Larry F. Stewart, tinha sido preso por perjúrio, exatamente por mentir sobre um laudo em algum processo nos EUA. Ele foi perito do Serviço Secreto daquele país e, além do texto da sentença contra ele, há um vídeo em que um promotor o acusa formalmente de falsário. Ou seja, quem contratou falsário, nessa história toda, foi o PSDB. Resta saber se foi com dinheiro do Fundo Partidário. Além do mais o laudo do falsário baseou-se em cópia xerox, pois o original encontra-se sob a guarda da Justiça.
(http://www.youtube.com/watch?v=6Pre4jcYKpM&feature=player_embedded#!)
2) Dois dias antes, a Polícia Civil de Minas Gerais, a pretexto de anunciar o desmantelamento de uma “quadrilha” de dois supostos falsários, que teria dado golpes milionários (sic), sem arrecadar um centavo sequer, divulgou um factoide: o sr. Nilton Monteiro teria um arquivo em seu computador, cujo texto era uma cobrança extrajudicial, de uma suposta prestação de serviços ao deputado Rogério Correia (PT). Ou seja, ele, Monteiro, declara que alguém o deve e isso seria a prova de que a Lista de Furnas teria sido encomendada por Correia. Ah, Monteiro é acusado pela polícia tucana de Minas Gerais de ser um falsário: em tudo que aponta para ilicitudes de gente do PSDB. Ele só não é “falsário” quando é usado para dar credibilidade à ridícula acusação de que o deputado petista teria encomendado a famosa Lista de Furnas. Só o jornal “Estado de Minas” e a revista de fofocas, segundo classificação da imprensa britânica, “Veja” é que deram como verdadeiras as versões publicadas em site oficial do governo tucano.
3) No mês de janeiro, de 2012, Monteiro enviou três cartas manuscritas a destinatários diferentes. Todas foram protocoladas no Ministério Público Estadual, por iniciativa do deputado Rogério Correia. Em síntese, Monteiro pediu que o MP agisse sobre a arbitrariedade de sua prisão, ajuda para pagar advogado (isso depois de aplicar “golpes milionários”) e ainda denunciou à Polícia Civil tucana por oferecer-lhe vantagens se ele acusasse Correia. Lembremo-nos também que, ainda em Janeiro, o deputado do PMDB, Antônio Júlio testemunhou, com prova documental, que dados contidos na polêmica “lista” eram verdadeiros.
4) Dezembro de 2011 foi a vez da gossip magazine (revista de fofocas) “Veja” requentar a versão de que a Lista de Furnas fora forjada para “salvar” Lula do chamado Mensalão. A isso o deputado Correia respondeu: “Quem disse que a Lista de Furnas é autêntica são peritos oficiais, via o ‘Laudo de Exame Documentoscópico – Grafotécnico e Mecanográfico – nº 1097/2006’ elaborado pelo Instituto Nacional de Criminalística _ INC (da Diretoria Técnico Científica, do Departamento de Polícia Federal, Ministério da Justiça). Quem também atribui fé pública à mesma foi sentença proferida no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na qual o Monteiro é inocentado de processo movido pelo ex-deputado José Carlos Aleluia, exatamente em face da celeuma ‘autenticidade X inautenticidade’. Finalmente, o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, em investigação conduzida pela Dra. Andréia Bayão, analisou o mérito da lista, ou seja, seu conteúdo, a partir da premissa que a mesma era autêntica. A investigação já foi enviada à justiça.”
5) Em outubro de 2011, o Departamento de Operações Especiais da Polícia Civil de Minas Gerais, avoca para si uma tal megaoperação para prender uma quadrilha de falsários que estariam aplicando golpes milionários, extorquindo pessoas. A “quadrilha de dois membros” seria chefiada por Nilton Monteiro, que cobrava – dentre outras dívidas – um montante do secretário de governo aecista, Danilo de Castro, pai do deputado Rodrigo de Castro, do PSDB. Note-se: na estrutura da Polícia Civil mineira há uma delegacia especializada em crimes de fraudes. Mas, o DEOESP assumiu a briga. Essa estranha “megaoperação”, que não achou nenhuma vítima que tenha desembolsado um centavo sequer, que gerasse o título de matérias farsescas sobre “golpes milionários”, nem mesmo investigava sobre Furnas. Mas, evidentemente tentava desqualificar o polêmico Nilton Monteiro, visando algum objetivo futuro.
Agora está provado. Toda essa patacoada tucana só corrobora a tese levantada pelo blog Os amigos do Presidente Lula: “Detalhe: a procuradora Andréia Bayão, responsável pela denúncia, disse ter seguido o caminho do dinheiro movimentado entre fornecedores de Furnas e os políticos influentes demotucanos, independente da autenticidade da lista, o que, para ela, não é o relevante.” Ou seja, ela examinou o conteúdo da lista que, independentemente se falsa ou não, serviu de guia para rastrear o esquema. Para agravar o fato, a lista é autêntica em dois sentidos: a) não foi montada; b) seu conteúdo é verídico.
Detalhe que não pode ficar em segundo plano: a única prova de contratação de falsário para elaborar perícia em cima xerox é a notícia do Estadão. O título é cabal: PSDB paga 200 mil por laudo.
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