Na sequência, entre os partidos com mais chances de vencer no
próximo domingo, segundo as pesquisas, vêm PSDB, com 9, e PMDB, com 7
Por: Eduardo Maretti, da Rede Brasil Atual
São Paulo – O PT é a legenda com maior número de candidatos
com chances de vencer nas cidades em que ocorre o segundo turno das eleições
municipais, daqui a uma semana. Ao todo,
eleitores de 50 cidades voltam às urnas no próximo domingo (28). Segundo
levantamento da Secretaria de Organização do partido, feito com base em
pesquisas públicas e internas, o PT está bem posicionado em 15 dos 42
municípios em que havia sondagens disponíveis até a última sexta-feira.
Em seis dessas cidades, a diferença dos petistas para os adversários
é superior a 12 pontos percentuais: São Paulo, Guarulhos, Santo André, Mauá,
João Pessoa e Niterói. Nas demais (Cuiabá, Montes Claros, Fortaleza, Ponta
Grossa, Salvador, Vitória da Conquista, Rio Branco, Campinas e Cascavel) a
situação é de empate técnico.
Em segundo lugar entre os bem posicionados (na frente ou em
empate técnico) vem o PSDB, com nove cidades: Rio Branco, Manaus, Belém,
Teresina, Taubaté, Pelotas, Campina Grande, Blumenau e Sorocaba. Em seguida vem
o PMDB em sete: Vitória da Conquista, Juiz de Fora, Petrópolis, Uberaba,
Florianópolis, Guarujá e Sorocaba.
Na disputa direta contra o PSDB, seu principal adversário, o
PT está à frente em três cidades (São Paulo, João Pessoa e Guarulhos), atrás em
duas (Pelotas e Taubaté) e empatado em uma (Rio Branco).
De acordo com os dados, e considerando os que já foram
eleitos no primeiro turno, o PT pode chegar a 28 prefeitos no universo das 119
cidades com mais de 150 mil eleitores; o PSDB pode chegar a 26; e o PMDB a 20.
Mídia x políticas públicas
O bom desempenho do PT nas eleições de 2012 tem surpreendido
a muitos, considerando o bombardeio midiático e a coincidência do julgamento da
Ação Penal 470, o chamado mensalão, com os dois turnos do processo eleitoral.
Para o cientista político Francisco Fonseca, da Fundação Getúlio Vargas, o
julgamento teve pouco efeito para os propósitos eleitorais porque “há uma
dissociação no Brasil, mais recentemente, entre o que aparece na mídia e o
efeito das políticas públicas desenvolvidas pelos governos do Partido dos
Trabalhadores”.
Segundo ele, não é causal a coincidência entre os calendários
das eleições e do julgamento do STF. “Não é uma coincidência fortuita e sim uma
decisão política. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por exemplo,
disse que gostaria que o julgamento do mensalão produzisse efeito (eleitoral).
Além disso, o STF está sendo pautado pela mídia. Isso é muito problemático para
a democracia”, analisa Fonseca.
No entanto, para ele, o eleitor não se deixa mais levar tão
facilmente pelo “massacre” midiático. “O
cidadão comum entende que há duas coisas diferentes. Uma é o que aparece na
mídia. Outra, sua vida está melhor, e ele entende que há mais emprego, mais
crédito, transferência de renda inédita no país, aumento real de salário,
programas com Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida”, avalia.
Primeiro turno
No primeiro turno das eleições municipais, o PT foi o partido
com maior número de votos em números absolutos. Foram 17,3 milhões (4,2% a mais
do que em 2008). O PMDB foi o segundo, com 16,7 milhões de votos, mas caiu 10%
em relação à eleição anterior.
Já o PSDB caiu em relação a 2008. Teve 13,9 milhões de votos
no primeiro turno em 2012, contra 14,6 milhões em 2008, queda de 4,8%.
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