domingo, 8 de maio de 2011

Bolsa Família parte agora para a inserção produtiva



Chico Santos - Valor Econômico - 02/05/2011

"A extrema pobreza, se medida muito cuidadosamente, ela praticamente já acabou no Brasil." A afirmação pode despertar incredulidade em quem se apega exclusivamente à observação empírica, mas vem de alguém que há mais de duas décadas dedica-se a estudar os problemas da miséria e da pobreza no Brasil e a medir sua evolução, o economista do Ricardo Paes de Barros, professor da PUC-Rio e pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Mestre em matemática (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada), doutor (Universidade de Chicago) e duas vezes pós-doutor (Universidades de Chicago e Yale) em economia, com dezenas de trabalhos publicados, Paes de Barros aceitou deixar momentaneamente a trincheira acadêmica para assessorar o governo da presidente Dilma Rousseff no esforço para dar um salto de qualidade nas ações de combate à pobreza no país.

Como secretário de ações estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE) trabalha na formulação da segunda etapa do Bolsa Família que pretende ir além do simples alívio da pobreza extrema, preparando os beneficiários para a inserção produtiva na economia do país. Nessa tarefa, terá papel preponderante um novo personagem que será introduzido no programa, o "agente social", encarregado de despertar nas famílias assistidas o desejo de andar com as próprias pernas, sem risco imediato de perder a ajuda material que o governo já lhe dá.

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