Por Izaías Almada
A ordem veio de cima, do patrão: “Mais amor e menos revolução”. O autor da novela entendeu o recado e tascou o primeiro beijo gay da telenovela brasileira. Com o baixo índice de audiência, quem sabe assim se poderiam ganhar uns pontinhos a mais com duas mulheres se beijando… E já se anuncia também o beijo gay masculino, cenas de sexo dentro de uma igreja, fantasmas e outras armadilhas de pegar incautos para animar essa novela que já nasceu debilitada.
Ultrapassada a casa dos trinta e tais capítulos exibidos, a telenovela “Amor e Revolução”, produzida e apresentada com grande divulgação pelo SBT, trouxe consigo a expectativa de resgatar em termos dramatúrgicos um período polêmico da história política contemporânea do país e que, segundo seus próprios criadores, seria uma novela realista, baseada em extensa pesquisa e investigação sobre os anos que antecederam e precederam ao golpe civil e militar de 1964.
Uma escolha sob vários pontos de vista acertada, até porque a telenovela brasileira tem uma enorme empatia com o público, independentemente da qualidade daquilo que apresenta. E o SBT, em particular, canal que costuma ou costumava privilegiar a importação de novelas de outros países, tinha agora a oportunidade de mostrar a sua efetiva intenção de mudança, de melhorar o seu repertório nacional no gênero.
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