De 2003 para cá,
eleição após eleição a oposição ao governo federal vem minguando em termos de
representação parlamentar no Congresso Nacional e do eleitorado que governa. O
caso mais grave é o do DEM, que está à beira da extinção, mas o PSDB também tem
perdido apoio da sociedade, tendo hoje menos da metade do tamanho que tinha há
uma década.
Nas eleições deste ano,
enquanto o PT cresceu em número de prefeituras, de vereadores e de munícipes governados,
a oposição diminuiu. Inclusive vêm surgindo especulações sobre fusão de PSDB,
DEM e PPS, de forma a evitar que se tornem partidos “nanicos”.
Não há melhor
explicação para esse fenômeno do que a atitude inexplicável de três
governadores do PSDB que tentam sabotar iniciativa do governo Dilma Rousseff
que poderia reduzir fortemente o valor das contas de luz de empresas e de
pessoas físicas.
A queda no preço da luz
poderá ser bem menor do que os 16,2% previstos pela presidente Dilma em
setembro, quando anunciou a redução das tarifas.
As populações e as
empresas de São Paulo, Minas Gerais e Paraná serão as únicas do país que não
irão se beneficiar do programa federal de redução das contas de luz porque os
governadores tucanos Geraldo Alckmin, Antonio Anastasia e Beto Richa estão
sabotando abertamente a iniciativa da presidente Dilma Rousseff.
As empresas Cesp, Cemig
e Copel, sob controle do PSDB de São Paulo, de Minas Gerais e do Paraná optaram
por não prorrogar os contratos de suas hidrelétricas nos moldes propostos pela
União.
O mais grave é que, do
total de geradoras, 60% aderiram ao plano de Dilma.Todas as nove empresas de
transmissão aceitaram renovar agora as concessões que venceriam entre 2015 e
2017.
Veja, abaixo, trecho de
matéria da Folha de São Paulo desta quarta-feira (5):
“O secretário-executivo do Ministério de Minas
e Energia, Márcio Zimmermann, disse que a opção de Cesp, Cemig e Copel
-estatais de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, Estados administrados pelo PSDB,
principal partido de oposição ao governo federal- pune também a população
desses Estados e que as companhias olharam apenas para o curto prazo.
Elas estão causando
diretamente o impacto de não atingir os 20,2%. Estão sendo penalizadas as
populações de São Paulo, Minas Gerais e Paraná pela decisão que essas empresas
tomaram de não aceitar essas regras”, afirmou Zimmermann”
Se fosse preciso
encontrar uma explicação para a débâcle oposicionista na última década, ela se
resumiria a esse episódio inacreditável. Vejam que, de Norte a Sul, de Leste a
Oeste do país, só as empresas geradoras de energia controladas pelo PSDB foram
de encontro ao programa do governo federal.
Fica fácil entender que
os governadores tucanos acham que podem impedir que o povo e os empresários dos
Estados que governam fiquem sabendo que a promessa de Dilma não se concretizou
nesses Estados porque eles sabotaram o programa que a materializaria.
Não é à toa que São
Paulo, Minas Gerais e Paraná são Estados em que a vida vem piorando enquanto
que, no resto do Brasil, melhora a cada ano. Todos os principais programas
federais que têm impacto direto junto à população vêm sendo bloqueados.
Em São Paulo,
particularmente, governadores como Geraldo Alckmin e José Serra rejeitaram
programas federais para a Segurança Pública, para a Saúde, para a Educação, só
para evitar que a logomarca do governo federal figurasse nesses programas.
Confiando na aliança
com grandes grupos de comunicação, o PSDB e o DEM vêm prejudicando as
populações dos Estados e Municípios que governam por razões puramente
eleitoreiras. Porém, como se viu na recente eleição no maior colégio eleitoral
do país (São Paulo), essas populações já começam a entender que esses partidos
são nefastos para o país.
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