domingo, 6 de janeiro de 2013

Receitas para o Alexandre Pato no Corinthians!


De todos os torcedores, o Corinthiano é o mais desconfiado e exigente com seus novos jogadores.
Porque o Corinthiano torce pelo Corinthians, não apenas para seus contratados. A relação entre torcida e jogadores quase sempre é neurótica e parte de um ressentimento original.
Da mesma forma que o jogador é amado, ele também pode ser odiado.
No fundo, o torcedor sente um pouco de ciúmes da relação privilegiada que o jogador possui com o clube.
Para o corinthiano, o clube pertence a toda coletividade, não somente a quem joga dentro das quatro linhas.
Portanto, exige-se de um jogador muito mais do que gols e lances geniais.
O cara tem que representar!
O corinthiano não aceita um clube distante de sua identidade, porque o Corinthians joga o jogo como a gente joga a vida.
O Corinthians é um destino compartilhado.
Sejamos sinceros, a chegada do Pato seria motivo de euforia em qualquer clube brasileiro e também causaria empolgação nos clubes mais ricos do mundo.
Mas aqui no Coringão, o pessoal está meio desconfiado. Alguns até torcendo o nariz.
E o problema não foi o preço.
Tampouco, se o cara realmente é craque de bola (isso nunca foi uma prerrogativa fundamental para ser ídolo do Corinthians).
A questão é que o Alexandre Pato tem aquela cara de menino acostumado com sucrilhos no prato.
Filhinho da mamãe educado pela avó.
É ou não é?
Para a imagem de qualquer instituição, o estereotipo do Pato seria altamente recomendado. Mas no Corinthians isso passa a ser um estigma indesejável.
Corremos até mesmo o risco de sermos preconceituosos.
Pois bem, quero propor algumas medidas pontuais e imediatas para o Pato se ambientar mais rapidamente no Coringão.
Parece-me que as ações de Marketing já estão todas planejadas e contamos com uma equipe competente para faturar alto.
As ações que proponho são de outra natureza. Vamos a elas:
1) Precisamos ver o que acontece com esse moleque que anda sempre machucado. Problemas musculares? Isso para mim deve ser outra coisa. Proponho levar o Pato a uma boa Mãe de Santo. Mas é preciso cuidado. É bom explicar direitinho de qual “Pato” estamos falando para ela não sacrifica-lo. Se aceita também a indicação de um bom pastor, no caso dos Corinthianos evangélicos. Assim, em nome de Jesus a gente arranca essa coisa ruim que está prejudicando o rapaz.
2) Proibir motoristas particulares para levá-lo ao CT do Parque Ecológico, ao Parque São Jorge ou até mesmo ao futuro estádio em Itaquera. Deixa o moleque se virar. Digam a ele para não se assustar com os motoristas de lotação, nem com os “motoboys” que chutam o retrovisor, te mandam para aquele lugar e passam o tempo todo estourando o escapamento da moto, fazendo pá pá pá. Avisa ao cara que não é tiro.
3) Convençam o Pato a largar a filha do Berlusconi porque aquele cara é perigoso. Além do mais, naquelas festinhas do sogro deve rolar “de tudo” e numa dessas ninguém sabe o que pode acontecer. Melhor mesmo é ele arrumar uma “mina” corinthiana. Pode ser na ZL. Elas são muito mais bonitas, divertidas e “calientes”. Vão ensinar uns truques novos para o rapaz e ele, gradativamente, vai ficando mais esperto.
4) Aquelas festas da elite decadente milanesa devem ser um saco! Fim de carreira! Melhor mesmo é levar o cara nas baladas mais quentes de São Paulo. E nada de uísque. Sirva logo um rabo de galo para o moleque aprender que “Aqui é Corinthians!”.
5) Ao invés de vídeo game, sinuca. Ao invés de champanhe, cachaça. Ao invés de atriz da Globo, uma mina responsa. E ao invés de Berlusconi, Andrés Sanchez e Vampeta.
Certamente, ele será recebido de braços abertos.
Brincadeiras a parte, sejamos tolerantes com as diferenças.
Certamente, ele vai se dar conta que o Corinthians é uma grande família.
Desejamos toda a felicidade do mundo ao Alexandre Pato.

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