Enquanto as
negociações ambientais são travadas na Rio+20, a presidenta Dilma Rousseff
assume a liderança. Em uma iniciativa decisiva, ela partirá amanhã (17) para
Los Cabos (México), onde ocorre o encontro do G-20 (reúne as 19 maiores
economias do mundo mais a União Européia). A missão é buscar um acordo geral
referente às divergências para alinhavar o texto final da Conferência das
Nações Unidas.
A presidenta Dilma vai aproveitar o encontro para apelar aos líderes políticos que não participarão da Rio+20 – sobretudo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a chanceler alemã Ângela Merkel, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron – para que cooperem com as negociações em curso.
Secretário executivo da delegação do Brasil na Rio+20, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado garantiu que a “[presidenta] vai levantar os pontos importantes da Conferência. Ela viajará com uma informação completa do que está ocorrendo aqui.”
Documento final
Em entrevista publicada no Estadão (confira), o embaixador André Corrêa do Lago, principal negociador do Brasil na Rio+20, comentou sobre as divergências que permeiam o evento ambiental e se disse confiante que se chegará a um documento consensual ao final do encontro.
Em seu diagnóstico sobre o encaminhamento das negociações, o embaixador aponta que vivemos uma situação em que os países “desenvolvidos estão divididos e os em desenvolvimento, também”. Neste sentido, trata-se de uma negociação muito mais delicada, “porque, dependendo do tema, você pode ter um aliado que, em outro, é o contrário”. Segundo ele só obteremos um acordo “se for junto com (acordos sobre) outras coisas”.
A presidenta Dilma vai aproveitar o encontro para apelar aos líderes políticos que não participarão da Rio+20 – sobretudo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a chanceler alemã Ângela Merkel, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron – para que cooperem com as negociações em curso.
Secretário executivo da delegação do Brasil na Rio+20, o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado garantiu que a “[presidenta] vai levantar os pontos importantes da Conferência. Ela viajará com uma informação completa do que está ocorrendo aqui.”
Documento final
Em entrevista publicada no Estadão (confira), o embaixador André Corrêa do Lago, principal negociador do Brasil na Rio+20, comentou sobre as divergências que permeiam o evento ambiental e se disse confiante que se chegará a um documento consensual ao final do encontro.
Em seu diagnóstico sobre o encaminhamento das negociações, o embaixador aponta que vivemos uma situação em que os países “desenvolvidos estão divididos e os em desenvolvimento, também”. Neste sentido, trata-se de uma negociação muito mais delicada, “porque, dependendo do tema, você pode ter um aliado que, em outro, é o contrário”. Segundo ele só obteremos um acordo “se for junto com (acordos sobre) outras coisas”.
Corrêa do
Lago falou também sobre como o Brasil encara hoje a política internacional e as
diferenças existentes entre as nações no mundo: “Os países que mais obtiveram
sucesso e impacto foram aqueles que procuraram sua própria trilha, como Brasil,
Índia e China”, afirma. "Nenhum deles seguiu as regras tradicionais”.
Assim fica comprovado: “O que melhor funciona são as soluções que brotam de dentro
dos países" e, portanto, "a gente tem de ajudar os países a encontrar
as suas soluções próprias.
Não é mais
aquela ideia de que você tem de ajudar os países a fazer os que os outros
fazem”, complementa. Para ele, o Brasil avançou muito “ao mostrar que a
economia verde não é a fórmula, mas uma das fórmulas.
Quanto ao
documento final da Conferência, Corrêa do Lago garante que os países estão
devidamente orientados em torno de um acordo visando a sua elaboração. “A gente
deve conseguir chegar até um texto final antes mesmo da chegada dos chefes de
Estado”, estima o embaixador.
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