Por: Redação da Rede Brasil Atual
O PSDB anunciou hoje (10) que entrou com um pedido para que a
Procuradoria Geral da República apure o papel do governo brasileiro no ingresso
da Venezuela e na suspensão do Paraguai no Mercosul. O líder do PSDB no Senado,
Alvaro Dias (PR), e o senador Aloysio Nunes (SP) foram os autores da ação.
Segundo Dias, o partido "repudia" a fato de alguns países não
reconhecerem a posição majoritária do Parlamento paraguaio, que ainda não havia
definido pela entrada dos venezuelanos no bloco.
“Consideramos a
represália no Mercosul uma afronta à soberania paraguaia. Cada nação deve
decidir sobre seu destino, e o Congresso é a sua representação mais popular”,
declarou, segundo nota emitida pelo partido.
O pedido é ancorado por notícias veiculadas pela mídia
tradicional a respeito da entrada da Venezuela. Segundo alguns jornais, o
Brasil comandou a negociação na cúpula de chefes de Estado ocorrida em junho em
Mendoza, na Argentina. Com a suspensão
temporária dos paraguaios do bloco, os demais países incorporaram a Venezuela
como membro pleno, já que apenas o parlamento paraguaio não havia aprovado a
incorporação.
"As autoridades brasileiras representantes no organismo
do Mercosul, atuaram em desconformidade com os tratados celebrados, pois
articularam a suspensão dos direitos de um país, Paraguai, que ainda não havia
se manifestado sobre o ingresso de um outro país, Venezuela, para conseguir a
inclusão deste último, numa clara burla aos tratados internacionais celebrados
pelo Brasil", diz o PSDB. "O que
aconteceu, efetivamente, foi uma ação desastrosa, da qual participaram
autoridades brasileiras, no sentido de suspender o Paraguai do Mercosul, porém,
mantê-lo como país integrante do bloco para, enquanto perdurasse a suspensão,
reduzir o número de países que poderiam votar e aprovar, por unanimidade, o
ingresso da Venezuela no organismo do Mercosul."
Na última sexta-feira (6), Álvaro Dias se reuniu com o novo
presidente do Paraguai, Federico Franco, em Assunção, e declarou apoio ao
mandatário que foi responsável pelo impeachment-relâmpago contra o presidente
constitucional Fernando Lugo, derrubado em junho pelo Congresso com apoio do
Judiciário.
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