quarta-feira, 11 de julho de 2012

PSDB pede ao MPF investigação sobre suspensão do Paraguai no Mercosul


Por: Redação da Rede Brasil Atual 

O PSDB anunciou hoje (10) que entrou com um pedido para que a Procuradoria Geral da República apure o papel do governo brasileiro no ingresso da Venezuela e na suspensão do Paraguai no Mercosul. O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), e o senador Aloysio Nunes (SP) foram os autores da ação. Segundo Dias, o partido "repudia" a fato de alguns países não reconhecerem a posição majoritária do Parlamento paraguaio, que ainda não havia definido pela entrada dos venezuelanos no bloco.
 “Consideramos a represália no Mercosul uma afronta à soberania paraguaia. Cada nação deve decidir sobre seu destino, e o Congresso é a sua representação mais popular”, declarou, segundo nota emitida pelo partido.
O pedido é ancorado por notícias veiculadas pela mídia tradicional a respeito da entrada da Venezuela. Segundo alguns jornais, o Brasil comandou a negociação na cúpula de chefes de Estado ocorrida em junho em Mendoza, na Argentina.  Com a suspensão temporária dos paraguaios do bloco, os demais países incorporaram a Venezuela como membro pleno, já que apenas o parlamento paraguaio não havia aprovado a incorporação.
"As autoridades brasileiras representantes no organismo do Mercosul, atuaram em desconformidade com os tratados celebrados, pois articularam a suspensão dos direitos de um país, Paraguai, que ainda não havia se manifestado sobre o ingresso de um outro país, Venezuela, para conseguir a inclusão deste último, numa clara burla aos tratados internacionais celebrados pelo Brasil", diz o PSDB. "O que  aconteceu, efetivamente, foi uma ação desastrosa, da qual participaram autoridades brasileiras, no sentido de suspender o Paraguai do Mercosul, porém, mantê-lo como país integrante do bloco para, enquanto perdurasse a suspensão, reduzir o número de países que poderiam votar e aprovar, por unanimidade, o ingresso da Venezuela no organismo do Mercosul."
Na última sexta-feira (6), Álvaro Dias se reuniu com o novo presidente do Paraguai, Federico Franco, em Assunção, e declarou apoio ao mandatário que foi responsável pelo impeachment-relâmpago contra o presidente constitucional Fernando Lugo, derrubado em junho pelo Congresso com apoio do Judiciário.

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