Laerte Braga
Milt Romney, candidato republicano às eleições de novembro, tanto quanto Obama, disse mais ou menos a mesma coisa e ambos fizeram caras de compungidos diante da dor de familiares das vítimas. Os candidatos suspenderam os anúncios de suas campanhas no estado.
Quando num dos filmes do Superman o ator abre mão de seus poderes e liga-se a Lois Lane, a ameaça de uma catástrofe o traz de volta à sua mansão num dos pólos da Terra onde ludibria seus algozes. Salva a humanidade, é obrigado a fazer com Lois Lane esqueça o que aconteceu e se veja novamente de posse de sua eterna virgindade.
Os roteiristas do filme sabiam que o público reagiria a um Superman vivendo nos subúrbios de New York ou qualquer cidade dos EUA, aparando grama, ajudando Lois em suas matérias jornalísticas, enquanto o mundo capitalista estivesse enfrentando riscos permanentes.
Essa cultura da barbárie é exportada por essa corporação invisível, mas material e presente em cada canto do mundo. Quem disse que os EUA são ainda uma nação?
As mesmas empresas que receberam contratos de terceirização do governo dos EUA para recrutar, treinar e armar mercenários na guerra contra a Líbia, apoiados por bombardeios criminosos da OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE – atuam na Síria, recebem contratos de reconstrução dos países destruídos e começam a ocupar o Paraguai. São donas da Colômbia.
O filme é o mesmo, mudaram os figurantes, o tempo e se acrescentou à violência algo em torno de cinco mil ogivas nucleares capazes de destruir o planeta cem vezes se necessário for.
James Holmes, um jovem, invadiu quatro salas de projeções num
cinema numa cidade do estado do Colorado e munido de uma espingarda, um fuzil e
uma pistola “Glock”, disparou a esmo matando pelo menos 12 pessoas e ferindo perto
de 60, algumas das quais em estado grave.
O presidente Barack Obama, pela enésima vez diante de
tragédias assim reuniu a mídia e disse que lamentava pelos mortos e feridos,
apresentou seus pêsames à família, pediu a proteção divina e disse que “nós nunca
vamos entender isso”.Milt Romney, candidato republicano às eleições de novembro, tanto quanto Obama, disse mais ou menos a mesma coisa e ambos fizeram caras de compungidos diante da dor de familiares das vítimas. Os candidatos suspenderam os anúncios de suas campanhas no estado.
As quatro salas exibiam o filme BATMAN, O CAVALEIRO DAS
TREVAS.
O fato aconteceu em Aurora e o chefe de Polícia da cidade
disse que na casa do atirador foram encontradas armadilhas, dispositivos
químicos e inflamáveis. O acusado vestia uma armadura de aço, dos pés à cabeça
e proteção contra bombas de gás lacrimogêneo.
No início desta semana um pai foi visitar o filho, irritou-se
com o fato dele estar cantando músicas countries num karaokê, foi até o seu
carro, muniu-se de uma pistola e atirou no filho. William Henry Oller Sr, de 70
anos é o nome do pai, o fato aconteceu em Shasta na Califórnia.
É claro que Obama entende os motivos que geram tragédias como
essa aos borbotões nos EUA. Milt Romney, por outro lado, nem está aí para esse
tipo de acontecimento. Quer saber se tem alguém ao alcance para demitir e que
possa gerar mais recursos em suas contas bancárias nas Ilhas Cayman.
Jung em seu “CHEGANDO AO INCONSCIENTE” (O HOMEM E SEUS
SÍMBOLOS, Ed. Nova Fronteira, 2002) ao falar dos sonhos diz o seguinte –
“quanto mais a consciência for influenciada por preconceitos, erros, fantasias
e anseios infantis, mais se dilata a fenda já existente, até chegar-se a uma
dissociação neurótica e a uma vida mais ou menos artificial, em tudo distanciada
dos instintos normais, da natureza e da verdade”.
O conceito de nação pressupõe povo, língua comum, tradições e
território, embora hoje sejam reconhecidas como nações povos que tem língua,
costumes e tradições comuns, caso dos ciganos, dos próprios judeus antes de
Israel e agora dos palestinos, depois de Israel. O território não se torna
fator imprescindível.
Em boa parte dos casos se torna anseio.
Num dos mais importantes livros sobre a sociedade
contemporânea o francês Guy Débord, afirma o seguinte – “a classe ideológica
totalitária no poder, é o poder de um mundo invertido: quanto mais forte ela é,
mais afirma que não existe, e sua força serve-lhe em primeiro lugar para
afirmar sua existência. É modesta apenas nesse ponto, pois sua inexistência oficial
também deve coincidir com o nex plus ultra do desenvolvimento histórico, que ao
mesmo tempo seria devido a seu infalível comando. Espalhada por toda parte, a
burocracia deve ser a parte invisível à consciência de modo que toda a vida
social se torna demente. A organização social da mentira absoluta decorre dessa
contradição fundamental” (DÉDORD, Guy, a SOCIEDADE DO ESPETÁCULO, Ed.
Contraponto, 1997, 2ª impressão).
É possível comprar uma Glock em qualquer casa de armas em
qualquer cidade dos Estados Unidos. Basta uma entidade e uma certidão negativa
de crimes e pronto. Sem falar no comércio clandestino. Cada militar que
participa de missões de guerra tem o direito de levar sua arma pessoal quando
passa à reserva, ou dá baixa.
É fabricada por uma empresa austríaca, tem três travas de
segurança, é leve em relação a outras e privativa de forças militares e
policiais. A maior parte das polícias do mundo usa a Glock.Quando num dos filmes do Superman o ator abre mão de seus poderes e liga-se a Lois Lane, a ameaça de uma catástrofe o traz de volta à sua mansão num dos pólos da Terra onde ludibria seus algozes. Salva a humanidade, é obrigado a fazer com Lois Lane esqueça o que aconteceu e se veja novamente de posse de sua eterna virgindade.
Os roteiristas do filme sabiam que o público reagiria a um Superman vivendo nos subúrbios de New York ou qualquer cidade dos EUA, aparando grama, ajudando Lois em suas matérias jornalísticas, enquanto o mundo capitalista estivesse enfrentando riscos permanentes.
O criador do super herói, na última edição da revista,
renegou toda a ação do Superman e se declarou indignado com seu país.
No Brasil o máximo que conseguimos foi Jerônimo o Herói do
Sertão e hoje o Saci foi substituído pela cabeça de abóbora do Haloween. Numa
concessão de Walt Disney, tudo para levar o País a entrar na 2ª Grande Guerra,
foi criado o personagem Zé Carioca, um papagaio esperto e safo, que se bem
todas, mas não vai a lugar nenhum.Essa cultura da barbárie é exportada por essa corporação invisível, mas material e presente em cada canto do mundo. Quem disse que os EUA são ainda uma nação?
Desde os tempos de Ronald Reagan todo um delicado processo de
transformação vem sendo construído e George Bush - o filho – exatamente por ser
um “moita”, deu foros definitivos à corporação. Os controladores são grupos
sionistas e essa sociedade “demente” é produto disso”.
ISRAEL/EUA TERRORISMO
HUMANITÁRIO S/A.As mesmas empresas que receberam contratos de terceirização do governo dos EUA para recrutar, treinar e armar mercenários na guerra contra a Líbia, apoiados por bombardeios criminosos da OTAN – ORGANIZAÇÃO DO TRATADO ATLÂNTICO NORTE – atuam na Síria, recebem contratos de reconstrução dos países destruídos e começam a ocupar o Paraguai. São donas da Colômbia.
No filme, normal, típico filme de ação, CONSPIRAÇÃO, o ator
Val Kilmer interpreta um ex-fuzileiro que vai a busca de um amigo mexicano numa
cidade distante e lá percebe que o companheiro de tropa fora assassinado pelo
grande empresário que fornece armas e equipamentos para a destruição de outros
países e depois assume os contratos de reconstrução.
O “chefão”, cercado do aparato policial, fala com freqüência
em patriotismo, em sociedade americana recuperando seus valores, sem
“mestiços”. Mas explora a mão obra barata dos mexicanos, humilha-os e quando
necessário mata. Para dar mais explosão ao filme, o personagem de Val Kilmer
não tem uma parte da perna, perdeu-a em combate. No filme, o “mocinho” derrota
a todos e ainda termina com a mocinha.
Já noutro filme, esse magistral, de Orson Welles, O PROCESSO,
a obra de Franz Kafka, o personagem em busca de justiça abre uma porta e entra
numa sala da justiça onde perto de duas mil máquinas de escrever batucam sem
parar processos que nunca vão chegar a um fim.
James Holmes é produto desse meio demente que se espalha por
todo o mundo. Como os traficantes que assumiram o poder no Paraguai com a
contribuição da brasileira – conselheira de imigrantes - Marilene Sguarizi e o
apoio disfarçado, invisível do governo brasileiro na omissão e cumplicidade, no
cinismo de falar o contrário. Prática dos dois últimos governos, ligar a seta
para um lado e virar para outro.
Trecho da carta de Marilene escrita aos brasileiros que moram
no Paraguai:
A presidente Dilma se dirige a comunidade Brasileira no
Paraguay através de minha pessoa a fim de transmitir "os bons ofícios do
governo brasileiro para dar tranqüilidade no sentido de que não haverá travas
comercias e econômicas entre o Brasil e Paraguay. O governo brasileiro fará
todos os esforços para que os ´´Brasiguaios`` tenham a tranqüilidade te
continuar trabalhando e de que não terão prejuízos de nenhuma índole na
situação política atual do Paraguai. A mensagem dirigida aos senhores/as segue
dizendo que a confiança entre os dois povos não foi alterada, da mesma forma
que o novo governo do Paraguai é reconhecido pela sua legitimidade"
É a tal força invisível. É o que Débord chama de SOCIEDADE DO
ESPETÁCULO, é a barbárie numa Glock, na mídia de mercado a serviço das elites,
e na compensação idílica do personagem do filme a A CONSPIRAÇÃO, sobre
patriotismo.
Segundo o inglês Samuel Johnson, “o último refúgio dos
canalhas”. Ou seja, Obama sabe e não quer saber e Milt Romney não quer ter a
menor idéia, enquanto os negros em Israel são deportados como eram os judeus
nos campos de concentração de Hitler.O filme é o mesmo, mudaram os figurantes, o tempo e se acrescentou à violência algo em torno de cinco mil ogivas nucleares capazes de destruir o planeta cem vezes se necessário for.
Sai a suástica, entra a águia e a estrela de David. Já o HSBC
lava o dinheiro dessa gente. E o dístico in God we trust.
http://brasilmobilizado.blogspot.com.br/2012/07/o-cavaleiro-das-trevas.html
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