Ricos brasileiros têm quarta maior fortuna do mundo em
paraísos fiscais
Os super-ricos brasileiros detêm o equivalente a um terço do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas do país em um ano, em contas em paraísos fiscais, livres de tributação. Trata-se da quarta maior quantia do mundo depositada nestas modalidade de conta bancária.
A revelação foi feste este domingo (22) por um estudo inédito, que pela primeira vez chegou a valores depositados nas chamadas contas offshore, sobre as quais as autoridades tributárias dos países não têm como cobrar impostos.
O relatório destaca o impacto sobre as economias dos 139 países mais desenvolvidos da movimentação de dinheiro enviado a paraísos fiscais.
Henry estima que desde os anos 1970 até 2010, os cidadãos mais ricos desses 139 países aumentaram de US$ $ 7.3 trilhões para US$ 9.3 trilhões a "riqueza offshore não registrada" para fins de tributação.
Segundo o diretor da Tax Justice Network, além dos acionistas de empresas dos setores exportadores de minerais (mineração e petróleo), os segmentos farmacêutico, de comunicações e de transportes estão entre os que mais remetem recursos para paraísos fiscais.
http://aposentadoinvocado1.blogspot.com.br/2012/07/mais-da-metade-pertence-aos-privatas-da.html
Os super-ricos brasileiros detêm o equivalente a um terço do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas do país em um ano, em contas em paraísos fiscais, livres de tributação. Trata-se da quarta maior quantia do mundo depositada nestas modalidade de conta bancária.
A revelação foi feste este domingo (22) por um estudo inédito, que pela primeira vez chegou a valores depositados nas chamadas contas offshore, sobre as quais as autoridades tributárias dos países não têm como cobrar impostos.
O documento The Price
of Offshore Revisited, escrito por James Henry, ex-economista-chefe da
consultoria McKinsey, e encomendado pela Tax Justice Network, mostra que os
super-ricos brasileiros somaram até 2010 cerca de US$ 520 bilhões (ou mais de
R$ 1 trilhão) em paraísos fiscais.
O estudo cruzou dados
do Banco de Compensações Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do
Banco Mundial e de governos nacionais para chegar a valores considerados pelo
autor conservadores.
Em 2010, o Produto
Interno Bruto Brasileiro somou cerca de R$ 3,6 trilhões.
'Enorme buraco negro'O relatório destaca o impacto sobre as economias dos 139 países mais desenvolvidos da movimentação de dinheiro enviado a paraísos fiscais.
Henry estima que desde os anos 1970 até 2010, os cidadãos mais ricos desses 139 países aumentaram de US$ $ 7.3 trilhões para US$ 9.3 trilhões a "riqueza offshore não registrada" para fins de tributação.
A riqueza privada
offshore representa "um enorme buraco negro na economia mundial",
disse o autor do estudo.
Na América Latina,
chama a atenção o fato de, além do Brasil, países como México, Argentina e
Venezuela aparecerem entre os 20 que mais enviaram recursos a paraísos fiscais.
John Christensen,
diretor da Tax Justice Network, organização que combate os paraísos fiscais e
que encomendou o estudo, afirmou à BBC Brasil que países exportadores de
riquezas minerais seguem um padrão. Segundo ele, elites locais vêm sendo
abordadas há décadas por bancos, principalmente norte-americanos, pára enviarem
seus recursos ao exterior.
"Instituições
como Bank of America, Goldman Sachs, JP Morgan e Citibank vêm ofrecendo este
serviço. Como o governo americano não compartilha informações tributárias, fica
muito difícil para estes países chegar aos donos destas contas e taxar os
recursos", afirma.
"Isso aumentou
muito nos anos 70, durante as ditaduras", observa.
Quem enivaSegundo o diretor da Tax Justice Network, além dos acionistas de empresas dos setores exportadores de minerais (mineração e petróleo), os segmentos farmacêutico, de comunicações e de transportes estão entre os que mais remetem recursos para paraísos fiscais.
"As elites fazem
muito barulho sobre os impostos cobrados delas, mas não gostam de pagar
impostos", afirma Christensen. "No caso do Brasil, quando vejo os
ricos brasileiros reclamando de impostos, só posso crer que estejam blefando.
Porque eles remetem dinheiro para paraísos fiscais há muito tempo".
Chistensen afirma que
no caso de México, Venezuela e Argentina, tratados bilaterais como o Nafta
(tratado de livre comércio EUA-México) e a ação dos bancos americanos fizeram
os valores escondidos no exterior subirem veritiginosamente desde os anos 70,
embora "este seja um fenômeno de mais de meio século".
O diretor da Tax
Justice Network destaca ainda que há enormes recursos de países africanos em
contas offshore.
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