Leiam a manchete da Folha de domingo (3/02). “Programa social
consome metade dos gastos federais”. Leiam o que vem a seguir: “Os programas
sociais de transferência de renda de Dilma Rousseff alcançaram 50,4% (...) o montante
chegou a R$ 405 bilhões. Na matéria, a Folha lista os programas sociais de
“Dilma”: Previdência Social Urbana, Previdência Social Rural,
seguro-desemprego, aposentadorias, pensões, auxílio-doença, abono salarial,
assistência a deficientes, assistência a idosos e Bolsa Família. É honesto
incluir nesta conta a Previdência Social criada por Getúlio Vargas? É honesto
incluir nesta conta a Previdência Rural, que beneficia trabalhadores rurais com
carteira assinada há pelos menos 30 anos? É honesto incluir nesta conta de
"Dilma" benefícios conquistados ao longo de 50 anos?
O que a Folha sugere nas entrelinhas é que se trata de um
grande um desperdício. Na verdade, os direitos conquistados vem sendo a
salvação dos trabalhadores do Brasil, da população de renda baixa e das camadas
que se encontram abaixo da linha da pobreza extrema. Eu acho que a Folha de S.
Paulo enlouqueceu de vez e Gustavo Patu, ao assinar a matéria, suja seu
currículo. Aliás, a manchete da Folha suja o currículo de seu repórter. Mas a
matéria também é suja. O texto relaciona os direitos sociais conquistados ao
longo das décadas com a alta carga de impostos do Brasil. É uma campanha contra
os direitos trabalhistas, inclusive contra a Previdência Social, as
aposentadorias, as pensões das viúvas e os auxílios maternidade, doença,
acidente e reclusão.
Graças a Deus e ao PT, a expansão mais aguda de “despesas” se
dá com o Bolsa Família, que paga benefícios não vinculados ao salário-mínimo a
uma “clientela” (para usar o jargão indecente da Folha) pobre e miserável.
Cortem os direitos sociais e a alta carga de impostos abaixa,
grita a Folha de S. Paulo. Essa gente devia ir ao paredon. Por traição ao povo
brasileiro.
# posted by Oldack Miranda
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