terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

MARINA: WALKING DEAD DA POLÍTICA




Marina Silva é aquela moça que, tal qual o Cristovão Buarque, largou suas bases e o lugar onde foi criada politicamente, para se render (e vender) ao canto da sereia midiático.
Ela foi ingenuamente engolida pelo rolo compressor da Globo e da Veja, que a escolheram como queridinha da vez, contra o "império do mal" protagonizado pelo PT.
Obviamente o imprensalão nunca lembrou de contar para o povo brasileiro que o "império do mal" não era só do PT, e que o tal mensalão nasceu nas manjedouras tucanas e se espalhou pelo país todo pegando aí sim, inclusive o partido de Lula.
Mas quem quiser lógica, que compre um livro do Stephen Hawking. Política e imprensa no Brasil prescindem de lógica e coerência. O imprensalão não se vê obrigado a falar a verdade, se a verdade não o favorecer. E a oposição... bem, a oposição está fazendo o papel dela.
Marina, como que tendo "percebido" (só agora?) que foi enganada pelo pessoal do Partido Verde, resolveu criar sua própria legenda. E o Brasil tem tão poucos partidos que mais um será sempre bem-vindo.  Pelo que se pode notar, a "rede" como eles o chamaram, fará igual fez o Flamengo tantas vezes nos campos. Pega uma meia dúzia de jogadores estropiados e os coloca no gramado. Eles tem nome, mas não jogam coisa alguma.
Na fila do gargarejo estão os dinossauros ameaçados de extinção como Eduardo Suplicy (que quase não se elegeu no último pleito) e Heloisa Helena, aquela que fala pelos cotovelos. Também foram convidados um punhado de sem votos de toda coloração partidária. Desde o PDT até o PSDB. Como dissemos, se quiser lógica, compre um livro do Hawking.
Eles pretendem ser um partido de "limpinhos". E isso é um perigo. Se a política é o chiqueiro que eles tanto apregoam, macacos me mordam se eles vão conseguir fazer alguma coisa sem os fabulosos financiamentos escusos tão comuns aos outros porcalhões do Congresso. Na minha modesta opinião, não passa de jogada de marketing pra sobreviver politicamente. Os motivos são vários. Alguns partidos inclusive não darão mais legenda para certas pessoas disputarem cadeiras no parlamento, quando têm quase certo que eles perderão. A saída é ir para um lugar onde a concorrência seja baixa e ao invés de "mais um", você seja "o cara".
A trupe esquisita a enfeitar a Rede será divertida de se analisar. Claro que convém não perguntar coisas inconvenientes tipo "como é que seu ex partido sendo pobre, lhe deu tanto dinheiro e jatinhos pra passear pra baixo e pra cima nas últimas eleições presidenciais", para a pessoa de Marina, nem coisas do tipo "se a sra. não queria que Lula fosse eleito, porque não saiu do PT antes de ele vencer as eleições em 2002 e preferiu esperar a enxurrada de votos que o partido receberia e da qual, a sra. também se beneficiaria" para a falastrona Heloisa Helena.
Hawking teria dificuldades em explicar o que se passa na cabeça do pessoal de uma parte da esquerda do Brasil. Esquerda da conveniência e da serventia. Acabou a utilidade, todos pulam fora.
Os errantes do Walking Dead não fariam papel melhor que nossos intrépidos políticos da Rede. São velhos, desfigurados e vagam pelo mundo da política em busca da sobreviência de cada dia. O triste é que o destino dos errantes não costuma ser tão aprazível quanto a propaganda inicial dada pelo imprensalão brasileiro, costuma mostrar.

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