Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
"A palavra impossível é apenas para os fracos, para
aqueles que não têm projeto", disse o ex-presidente em evento no Anhembi
O ex-presidente Lula, dona Marisa e a presidenta Dilma
dividiram o palco com o presidente do PT, Rui Falcão, presidentes de partidos
aliados, governadores e prefeitos na noite desta quarta-feira (20), no Anhembi,
em São Paulo. O encontro marcou o início das comemorações de 10 anos de governo
democrático e popular e foi realizado pelo Partido dos Trabalhadores, pela
Fundação Perseu Abramo e pelo Instituto Lula.
A primeira parte do evento foi dedicada às saudações dos
presidentes dos partidos aliados. Eles ressaltaram a satisfação de fazer parte
do projeto que governou o Brasil nos últimos dez anos. “Estamos comemorando um
novo país”, afirmou Roberto Amaral, presidente do PSB. Alfredo Nascimento,
presidente do PR, relembrou o papel importante que o vice-presidente José Alencar
teve durante todo o governo do ex-presidente Lula.
O prefeito Fernando Haddad e o presidente da Fundação Perseu
Abramo, Marcio Pochmann fecharam a rodada de falas. “Nunca imaginei que fosse
uma mulher que fosse enquadrar o sistema financeiro internacional”, ressaltou
Fernando Haddad, falando das realizações dos dez anos de governo. Pochmann
destacou que os avanços desse período serão debatidos em seminários por Brasil.
O primeiro acontecerá em Fortaleza, no próximo dia 28.
Depois da exibição de um pequeno vídeo sobre as realizações
do último decênio, a cerimônia continuou com as falas do presidente do PT, Rui
Falcão, do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma.
Rui Falcão destacou a importância da democracia em todo
avanço que foi alcançado e lembrou que o que antes era visto como problema,
tornou-se oportunidade. “Lula e Dilma provaram que aquilo que era considerado
estorvo era na verdade força e impulso para crescer”. O presidente do PT também
falou do problema do financiamento privado das campanhas, que caracteriza como
insustentável. Ele ainda classificou como inadiável o alargamento da liberdade
de expressão e da liberdade dos meios de comunicação.
“A palavra impossível
é apenas para os fracos, para aqueles que não têm projeto”, começou o
ex-presidente Lula. Ele destacou que a comemoração de hoje é um importante
momento não apenas para o PT, mas para a história dos partidos populares e para
a história do país. Lula destacou que muitos preconceitos precisaram ser
vencidos para chegar até aqui.
Lula enfatizou ainda que o combate à corrupção é um tema do
PT. “Nós aceitamos comparação, nós não temos medo da comparação. Inclusive a
comparação no combate à corrupção (…) Eu duvido que tenha, na história do país,
um governo que criou mais instrumentos e mais transparência para combater a
corrupção do que o nosso”.
A presidenta Dilma terminou o evento ressaltando as marcas
dos últimos dez anos: “É a década da esperança, do otimismo, da reconstrução
nacional, da nossa autoestima, do despertar da força do nosso povo”. Ela
destacou o papel de Lula como liderança do que classificou como “milhões de
construtores que a última década teve”.
“Conquistamos a menor
taxa de desemprego da história e 19 milhões de brasileiros conquistaram emprego
com carteira assinada”, comemorou a presidenta. Dilma lembrou ainda a
importância da sinfonia de opiniões que a democracia proporciona. Ressaltou,
contudo, que não pode deixar de reagir àqueles que caracterizam os avanços do
governo como “mero jogo estatístico” ou que insistem em exaltar o que falta
fazer, sem mostrar o que foi feito. Ela defendeu ainda a reforma política e o
uso dos royalties do petróleo para a educação.
Estiveram presentes ao evento os presidentes da base aliada
do governo federal: Alfredo Nascimento (PR), Carlos Lupi (PDT), Gilberto Kassab
(PSD), Renato Rabelo (PC do B), Valdir Raupp (PMDB), Roberto Amaral (PSB),
Daniel Tourinho (PTC), Eduardo Lopes (PRB) e Robson Amaral (PTN), assim como o
presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Ministros de estados, governadores
e prefeitos também estiveram presentes.
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