segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

DEM sonha com Gilmar Mendes, mas admite apoio a Taques



Sigla busca alianças para disputar sucessão de Silval; Jaime também é cotado

Agência Câmara - LAÍSE LUCATELLI - DA REDAÇÃO

O DEM se articula para lançar candidatura majoritária em 2014 em Mato Grosso. A prioridade, segundo o deputado federal Júlio Campos, um dos líderes da sigla, é disputar a sucessão de Silval Barbosa (PMDB).
O deputado cita, entre os possíveis candidatos ao Governo, o senador Jaime Campos - seu irmão -, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o ex-prefeito de Alto Garças (357 km ao Sul de Cuiabá), o empresário do agronegócio Roland Trentini.
Júlio deixou transparecer, de outro lado, que o partido também estaria pronto para barganhar e indicar o candidato a vice-governador ou a senador na chapa. Para isso, os planos são reestruturar o DEM ao longo deste ano, de modo a fortalecer a sigla.
 “É nossa pretensão, neste ano, reestruturar o partido, para sentarmos na mesa de discussão de igual para igual com as outras siglas para discutir a sucessão estadual e, até mesmo, federal, bem como a eleição de deputados”, disse.
Na avaliação do deputado, o DEM saiu bem posicionado das eleições municipais de 2012. “Em termos de voto, fomos o quarto colocado, pois tivemos mais de 150 mil votos em 2012. E em termos de representação, temos 11 prefeitos, 13 vice-prefeitos, quase 200 vereadores, um senador, um deputado federal e um deputado estadual”, assinalou.
 “Claro que pretendemos melhorar o desempenho do DEM em 2014, mas vai depender da composição das forças políticas que vão participar da disputa”, completou.
Júlio Campos afirmou que seu irmão Jaime é sempre lembrado para a disputa do Governo, com boa repercussão em vários segmentos.
A opção de criar um “fato novo” para a disputa, um nome de fora da política, também agrada ao partido. “Poderia também surgir no seio empresarial mato-grossense um novo nome. O DEM está garimpando bons nomes, não só para governador mas também para deputado estadual e federal”, disse.
Negociação com Mendes
O deputado citou o ministro Gilmar Mendes, mato-grossense de Diamantino (208 km a Médio-Norte da Capital), como um fato novo que poderia disputar com o Governo do Estado com boas chances.
"Neste momento, Gilmar Mendes quer continuar sendo juiz. Mas, no ano que vem, isso pode mudar. Política é que nem nuvem: cada hora está de um jeito"
 “O ministro Gilmar Mendes seria uma saída honrosa para Mato Grosso. Traríamos um mato-grossense ilustre para governar. Qual Estado não gostaria de tê-lo como governador?”, observou.
 “É um nome que agrega, tem consenso. Toda vez que o Gilmar Mendes é lembrado, o Silval diz que apoia, o Blairo Maggi apoia, o Riva apoia... É um nome quase que hour concours. A única restrição que teria é o senador Pedro Taques (PDT), que quer ser candidato”, completou Júlio.
O parlamentar disse que o partido já teve conversas com Mendes e que, por enquanto, o ministro não tem intenção de deixar o STF.
 “Neste momento, ele quer continuar sendo juiz. Mas, no ano que vem, isso pode mudar. Política é que nem nuvem: cada hora está de um jeito. Hoje ele fala não, amanhã pode falar sim, e só na hora H que vamos ver. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, completou o deputado.
Apoio a Taques
No caso de o DEM apoiar a candidato a governador de outra sigla, Júlio Campos citou o senador Pedro Taques (PDT) como uma das primeiras opções.
Ele afirmou que a coligação de 2010, com uma aliança entre o DEM, o PSDB e o PTB, pode ser mantida. "O senador Taques é um nome forte para o Governo e poderá receber nosso apoio. Por que não?"
 “Poderia ser essa coligação, agregando também o PDT e ao PPS, por exemplo, que não estão na base do Governo do Estado. O senador Taques é um nome forte para o Governo e  poderá receber nosso apoio. Por que não? Não temos compromisso com nenhum candidato. Já que o DEM não faz parte da base de sustentação do atual Governo, pode dialogar com qualquer outro partido”, ponderou.
 “Outra possibilidade é apoiar o Blairo Maggi (PR), pois já estivemos juntos. Mas teríamos mais dificuldade devido à conjuntura política”, completou o líder democrata.

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