Álvaro Dias é aquele Senador pelo Paraná que passou
23565 anos da vida dele, metendo o pau no Lula e no PT e que em breve, ao que
tudo indica, ou se aposenta, ou muda de posição porque será jogado para fora do
PSDB pelo atual dono da sigral, o Governador do Estado, Beto Richa.
Ocorre que antes da derradeira tomada de posição,
ele está circulando (voluntariamente ou não) pelo Facebook com seu posicionamento
vestal de sempre. Dando ripadas no PT e dizendo que são ditadores pela sugestão
de investigação do editor chefe da Veja e do Procurador da República (???), o
Gurgel.
Na figurinha em questão, soa como se fosse a mais
pura verdade, que intimar os acima referidos, seja um atentado à democracia.
Mas o Garganta Profunda, aquele que entregou o
presidente americano Richard Nixon nos dá a pista para descobrir quem de fato,
está falando a verdade. "Siga o dinheiro", dizia ele. Pois bem, vamos
seguir.
No púlpito do Senado, Álvaro subia semana sim,
semana também, com um exemplar da Veja debaixo do braço, que usava como
"prova" para atacar o governo. Numa republiqueta de bananas onde a
reporcagem de uma revista serve de prova para o judiciário condenar um monte de
gente, Álvaro estaria coberto de razão. Mas num país sério (que não parece ser
o nosso), isso não passaria de fanfarronice e não seria sequer considerado.
Na outra ponta, o editor-chefe da tal revistinha
era pautado pelo criminoso agora liberado (pela mesma justiça que condena uns
sem prova e solta outros com prova), Carlinhos Cachoeira, que por sua vez,
fazia tráfico de influência com o Senador cassado Demóstenes Torres (outro
vestal).
Álvaro e Demóstenes sempre foram considerados pela
Veja como suprassumos da honestidade e moralidade. Claro, nem poderia ser
diferente. Trabalham em conjunto e colega não entrega colega.
Somando-se a este mui estimado grupo, o procurador
geral da república (com letras minúsculas) parecia, ao que tudo indica, se associar
ao bando, fazendo jogral. Não procurava as provas que precisava pra incriminar
o pessoal do PT (porque pelo jeito sabia que estranhamente, seriam condenados
mesmo sem provas) e engavetava os pedidos de investigação do mensalão tucano,
carinhosamente chamado pelo imprensalão brasileiro de mensalão mineiro, pra
tentar tirar o foco da quadrilha peessedebista, que tanto quanto a petista,
comprou votos de parlamentares para aprovar o que lhes interessava.
Aí, com base em tudo isso, vemos como é complicada
a situação de quem repassa esse blablabla de Alvaro Dias no Facebook. Alvaro
não pode estar falando sério quando ataca uma intimação de um jornalista e de
um suposto prevaricador. Ora, eles não estão acima da lei. Por acaso a imprensa
acha que tudo pode? Que pode dizer e desdizer como bem entender? Não vamos nos
esquecer do Cachoeira mandando plantar reportagens para atacar inimigos
políticos da tucanada, o que era graciosamente acatado pela editora Abril. E
isso não é teoria pois os grampos foram amplamente divulgados com áudio para
provar.
E o procurador da república, em tese, de acordo com
a intimação, deixou de fazer o que era pago pra fazer. E isso é crime previsto
no Código Penal. E pior, com isso, favorecia altas figuras da república que se
locupletavam com o dinheiro público descaradamente roubado do povo.
Na visão de Dias, a república tucana era santa, a
petista é demoníaca.
Vamos e convenhamos, né Senador? Menos. Bem menos.
Ou tudo mundo já esqueceu de como se deu a privataria tucana e os trilhões de
reais (trilhões!) que sumiram do caixa do povo depois da entrega do patrimônio
público aos amigos do então rei do Brasil? Ou esqueceram que em 1993 pagaram a
bagatela de 200 mil dólares por cabeça de deputado para aprovar a reeleição de
FHC, fato amplamente comprovado e que curiosamente, ninguém "pensou"
em investigar no País?
Quem não ten
conhece, que te compre, Senador. Ingênuo daquele que em vossas santas palavras,
acredita e compartilha.
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