domingo, 25 de novembro de 2012

ÁLVARO E O FACEBOOK


Álvaro Dias é aquele Senador pelo Paraná que passou 23565 anos da vida dele, metendo o pau no Lula e no PT e que em breve, ao que tudo indica, ou se aposenta, ou muda de posição porque será jogado para fora do PSDB pelo atual dono da sigral, o Governador do Estado, Beto Richa.

 

Ocorre que antes da derradeira tomada de posição, ele está circulando (voluntariamente ou não) pelo Facebook com seu posicionamento vestal de sempre. Dando ripadas no PT e dizendo que são ditadores pela sugestão de investigação do editor chefe da Veja e do Procurador da República (???), o Gurgel.

 

Na figurinha em questão, soa como se fosse a mais pura verdade, que intimar os acima referidos, seja um atentado à democracia.

 

Mas o Garganta Profunda, aquele que entregou o presidente americano Richard Nixon nos dá a pista para descobrir quem de fato, está falando a verdade. "Siga o dinheiro", dizia ele. Pois bem, vamos seguir.

 

No púlpito do Senado, Álvaro subia semana sim, semana também, com um exemplar da Veja debaixo do braço, que usava como "prova" para atacar o governo. Numa republiqueta de bananas onde a reporcagem de uma revista serve de prova para o judiciário condenar um monte de gente, Álvaro estaria coberto de razão. Mas num país sério (que não parece ser o nosso), isso não passaria de fanfarronice e não seria sequer considerado.

 

Na outra ponta, o editor-chefe da tal revistinha era pautado pelo criminoso agora liberado (pela mesma justiça que condena uns sem prova e solta outros com prova), Carlinhos Cachoeira, que por sua vez, fazia tráfico de influência com o Senador cassado Demóstenes Torres (outro vestal).

 

Álvaro e Demóstenes sempre foram considerados pela Veja como suprassumos da honestidade e moralidade. Claro, nem poderia ser diferente. Trabalham em conjunto e colega não entrega colega.

 

Somando-se a este mui estimado grupo, o procurador geral da república (com letras minúsculas) parecia, ao que tudo indica, se associar ao bando, fazendo jogral. Não procurava as provas que precisava pra incriminar o pessoal do PT (porque pelo jeito sabia que estranhamente, seriam condenados mesmo sem provas) e engavetava os pedidos de investigação do mensalão tucano, carinhosamente chamado pelo imprensalão brasileiro de mensalão mineiro, pra tentar tirar o foco da quadrilha peessedebista, que tanto quanto a petista, comprou votos de parlamentares para aprovar o que lhes interessava.

 

Aí, com base em tudo isso, vemos como é complicada a situação de quem repassa esse blablabla de Alvaro Dias no Facebook. Alvaro não pode estar falando sério quando ataca uma intimação de um jornalista e de um suposto prevaricador. Ora, eles não estão acima da lei. Por acaso a imprensa acha que tudo pode? Que pode dizer e desdizer como bem entender? Não vamos nos esquecer do Cachoeira mandando plantar reportagens para atacar inimigos políticos da tucanada, o que era graciosamente acatado pela editora Abril. E isso não é teoria pois os grampos foram amplamente divulgados com áudio para provar.

 

E o procurador da república, em tese, de acordo com a intimação, deixou de fazer o que era pago pra fazer. E isso é crime previsto no Código Penal. E pior, com isso, favorecia altas figuras da república que se locupletavam com o dinheiro público descaradamente roubado do povo.

 

Na visão de Dias, a república tucana era santa, a petista é demoníaca.

 

Vamos e convenhamos, né Senador? Menos. Bem menos. Ou tudo mundo já esqueceu de como se deu a privataria tucana e os trilhões de reais (trilhões!) que sumiram do caixa do povo depois da entrega do patrimônio público aos amigos do então rei do Brasil? Ou esqueceram que em 1993 pagaram a bagatela de 200 mil dólares por cabeça de deputado para aprovar a reeleição de FHC, fato amplamente comprovado e que curiosamente, ninguém "pensou" em investigar no País?

 

Quem não ten conhece, que te compre, Senador. Ingênuo daquele que em vossas santas palavras, acredita e compartilha.

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