segunda-feira, 12 de novembro de 2012

PSOL: MAIS UMA MÁSCARA QUE CAI .




Este insosso escriba pode estar enganado, mas deve ter sido Michel Focault quem disse que não importava qual o sistema político, e sim, importava que funcionasse.
Ele se referia a capitalismo ou comunismo, porque ambos na teoria são ótimos. Na prática é que reside o demônio.
Mas infelizmente no mundo moderno, seja no Brasil, seja no Tibet, as eleições são vencidas com base em muito dinheiro, muita hipocrisia e muito discurso retórico. Cabe ao povo ir identificando os espertinhos e verificar se realmente servem para alguma coisa ou se não passam de falastrões.
Quando discuto com amigos sobre política, não raramente surge a mesma ladainha de tanto tempo. "O PT isso, o PT aquilo". O PT deveria ser honesto, o PT deveria ir pra cadeia, o PT prometeu que seria diferente. Sempre o PT. Esquecem do resto e se concentram nas contradições do único partido que bem ou mal, fez alguma coisa diferente para o Brasil. Gostemos ou não gostemos, o PT mudou o rumo do país. Para a maioria pobre, foi ótimo, para a minoria rica, não fez diferença. Mas para a elite intelectual ou suposta elite intelectual, para quem só importa o pensamento único vindo do norte (mesmo que nunca saiamos do sul), tudo o que tem lá fora é bom e tudo o que temos aqui, não presta. Pra essa gente o PT nunca vai superar suas contradições. A tucanada e o resto que nunca prometeram ser honestos, podem deitar e rolar.
Quando Heloisa Helena falava pelos cotovelos na eleição presidencial na qual concorreu, metia o pau no mesmo PT que lhe deu projeção. Esqueceu tudo o que viveu e cuspiu no prato que comeu. HH defenestrava o PT contraditório, mas para defenestrá-lo, se aliava a ACM, Arthur Virgílio e tudo o que nossa política sempre mostrou de podre. Contradição maior que isso, era difícil, mas como HH era uma tagarela útil, o imprensalão nunca lhe cobrou coerência. Nem o imprensalão nem a chamada elite intelectual (seja pobre, rica ou de classe média).
O mundo girou e a sabedoria popular mostrou que Focault parecia estar certo. A "gentalha ignorante" que eram os eleitores do país, tão deplorada pelas pessoas "sérias" do Brasil, achou melhor mesmo largar bandeiras inúteis e se apegar ao que funcionasse. Reelegeu Lula e elegeu Dilma. No norte sem defeitos da nossa imprensa, o povo reelegeu Obama agora, também.
O velho trololó da esquerda e o da direita vão caindo por terra e vão sendo transformados em nada.
Basta uma boa dose de realidade para que o governante em questão, mude de discurso. Para melhor ou para pior. Mas claro, isso que eu tô falando se aplica a governantes, não a fanfarrões que entram no governo para viajar aos grandes prêmios de Fórmula 1, empregar parentes e fechar escolas alegando que elas não dão lucro. Esses não têm jeito. Vão ser fanfarrões sempre.
No destaque vemos que o partido de um dos maiores trololós brasileiros, resolveu mudar o discurso. Agora o PSOL, que finalmente ganhou alguma coisa, diz que passou a concordar com grana de empreiteiros e bancos na campanha. Nem entro no mérito se o prefeito eleito vai ser bom ou ruim. Não tenho aliás, idéia de quem ele seja. Me concentro apenas no blablablá que faz tanta gente ainda perder tempo com discussões inócuas, absolutamente sem sentido e pior, desatualizadas. Não estamos mais no contexto de 1919 quando Lênin fundou a União Soviética. Estamos no século 21 do pragmatismo político. Você queira ou não, já se passou um século e os livros na nossa prateleira ficaram velhos. São úteis como aprendizado para o futuro, não como um espelho do presente. O presente não é mais o que tem naquelas linhas.
Preocupe-se com o que funciona, caro eleitor. É isso que vai definir se você terá emprego ou comida na mesa amanhã. Deixe o trololó da ideologia de botequim de lado, levante cedo, trabalhe muito e contribua com a sociedade.
O PT que se vire com as contradições dele, porque se formos nos preocupar com elas, deveriamos nos preocupar também com as contradições tucanas, do PSOL, dos conservadores e dos liberais. Deveriamos nos preocupar com as contradições do imprensalão que fala bem de quem lhe paga e mal de quem não paga. Da Globo, que mudou de idéia rapidinho sobre grana alienígena nas empresas de comunicação, quando viu que gigantes da internet mundial estavam aportando no Brasil e tirando fatias substanciais de sua verba publicitária, audiência e especialmente, prestígio e poder político. Hoje as pessoas conseguem procurar informação de verdade, ao invés de serem obrigadas a engolir o que W. Bonner arrota no Jornal Nacional. A internet através dos emails e especialmente das redes sociais, pauta o imprensalão. Pela primeira vez na história desse país, podemos ver a luz no fim do túnel, livre das correntes das famiglias Marinho, Mesquita, Saad, Abravanel, Frias e Civita.
Onde já se viu, um país inteiro na mão de 6 grupelhos?
Três vivas para a trôpega democracia brasileira, que apesar de ser odiada por boa parte dos jornalistas "cabeças" da nossa mídia (Boechat, Casoy, et caterva) ainda consegue dar demonstrações inequívocas de representatividade social, ao contrário de "certos países" adorados pela imprensa que nunca, desde que são república, conseguiram eleger um candidato que não fosse filiado aos grandes sistemas econômicos, ou conseguiu sequer, promover eleições diretas. Ficam como era a nossa, na época da ditadura, quando um bacana escolhido pelos manda-chuvas, decidia quem governaria o país.
Sim, caros amigos.O Brasil tem problemas, temos muitos defeitos. O Lula tem milhões de contradições, a Dilma não é santa.  Ou eu tô errado e estávamos no paraíso antes de 2002?

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