A Polícia Federal avisou, em junho deste ano, o governo de
São Paulo que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) aumentaria
os ataques a policiais. As informações foram repassadas pela PF com base em
interceptações telefônicas feitas, com autorização judicial, durante o
monitoramento de criminosos. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, a
PF flagrou alguns chefes do PCC coordenando o tráfico de armas e drogas a
partir da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista.
Gravações foram feitas pelo menos desde fevereiro de 2011.Leia a matéria
completa a seguir
Gravações telefônicas flagraram chefes do bando dando ordens
a partir de um presídio paulista para ataques
Órgão federal vigiava a facção criminosa ao menos desde 2007;
alerta ao Estado foi feito em junho passado
A Polícia Federal avisou, em junho deste ano, o governo de
São Paulo - Geraldo Alckmin (PSDB) - que a facção criminosa PCC (Primeiro
Comando da Capital) aumentaria os ataques a policiais.
As informações foram repassadas pela PF com base em
interceptações telefônicas feitas, com autorização judicial, durante o
monitoramento de criminosos.
Conforme a Folha revelou ontem, a PF flagrou alguns chefes do
PCC coordenando o tráfico de drogas e de armas a partir da Penitenciária 2 de
Presidente Venceslau, um presídio de segurança máxima do governo paulista.
Gravações foram feitas pelo menos desde fevereiro de 2011 e
atingiram criminosos como Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, e Abel Pacheco de
Andrade, o Vida Loka, apontados pela Promotoria como cabeças do PCC.
A Justiça determinou o envio de ambos para um presídio de
segurança máxima. O pedido foi feito pelo Ministério Público utilizando
material repassado pela PF.
A Promotoria, agora, quer a transferência de toda a cúpula da
facção para presídios federais em outros Estados por acreditar que o governo
paulista não consegue isolar os chefes do bando, como afirmava conseguir.
DESDE 2007
As gravações com as informações sobre os planos do PCC de
intensificar ataques contra policiais paulistas são dos primeiros dias de
junho. A PF monitora, porém, a facção criminosa desde 2007.
Esse acompanhamento era feito por uma equipe de Brasília,
comandada pelo delegado Roberto Troncon Filho. Hoje, ele é o superintendente da
PF de São Paulo.
As informações, segundo os policias ouvidos pela reportagem,
foram repassadas diretamente pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao
secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antonio Ferreira Pinto. O
secretário, no entanto, nega ter recebido essa informação.
Neste ano, 92 policiais militares foram mortos (incluindo PMs
da ativa e os aposentados), a maior parte em ataques de criminosos. Até o
começo de junho, quando foi feito o alerta da PF, 41 policiais haviam sido
mortos.
Além da PF, a Folha apurou que a Polícia Civil também tinha
informações, com base em grampos, de ordens de criminosos para matar PMs.
Nessas conversas, a ordem era para que os policiais fossem
atacados perto de suas casas ou na saída de seu segundo emprego, o
"bico". Apenas três dos policiais mortos por criminosos neste ano
estavam de serviço.
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