No encerramento da 16ª Reunião do Conselho Deliberativo da
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), nesta sexta-feira
(9), a presidenta Dilma Rousseff fez um balanço das ações de enfrentamento da
estiagem desde abril, e destacou a ação coordenada entre os diversos entes
federativos envolvidos. Para Dilma, os governos foram capazes de reconhecer as
obras emergenciais e as estruturantes que deverão resolver a situação de forma
definitiva.
“Eu considero que nós
fomos capazes de elencar as medidas que eram consideradas emergenciais e
urgentes. E medidas que nós temos certeza que são aquelas fundamentais para que
a gente, em definitivo, supere essa fase em que a seca possa se abater sobre nós
de uma forma que nos deixe sem defesas, que são as obras estruturantes. (…)
Entendemos que esse país não tem mais o direito deixar que a seca se transforme
em flagelo. (…) Nós não vamos deixar que o Nordeste volte atrás. Vamos usar
essa seca para avançar mais. Nós vamos resolver estruturalmente o problema da
seca.”, disse.
Para a presidenta, a situação deverá continuar sendo
acompanhada, e novas prorrogações de benefícios, como o Bolsa Estiagem, poderão
voltar a acontecer. Uma nova avaliação deve ser feita em dezembro. Outro ponto
destacado por Dilma é a distribuição de milho pela Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab), que deverá ser aumentada, com preços subsidiados, para
pequenos produtores.
“Estaremos atentos
para a necessidade de prorrogar [os benefícios]. Nós vamos, em dezembro, fazer
uma avaliação bastante apurada. Esses dois benefícios que construímos, porque
era preciso ter uma ordem de prioridade. A primeira questão era proteger o
agricultor que perdesse renda e sua família, e junto garantir carros-pipa”,
afirmou.
Mais investimentos
Durante a reunião, ainda foi anunciado o investimento de R$
1,8 bilhão na construção e ampliação de adutoras, barragens, sistemas de
abastecimento e outros empreendimentos. Ao todo, são 77 obras que vão aumentar
a oferta de água em municípios do Nordeste e norte de Minas Gerais.
Os termos para o início dos trabalhos foram assinados pelos
governadores durante a reunião. Os investimentos serão disponibilizados pelo
Ministério da Integração Nacional (R$ 1,06 bilhão para 33 obras); Ministério
das Cidades (656,2 milhões para 22 obras); e pela Fundação Nacional de Saúde
(R$ 108 milhões para 22 obras). Estados e municípios executarão os
empreendimentos e a supervisão será feita pela Caixa Econômica Federal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário