domingo, 10 de fevereiro de 2013

Denúncia: Aécio paga o PIG



Escrito por Rodrigo Penna

Não é de hoje que vemos denúncias de que a grande mídia é financiada pelo PSDB. E pelo grande Capital, não resta dúvida! Milhões investidos em compra de revistas como a Veja pelo governo e prefeitura de São Paulo nas épocas tucanas, por exemplo. Em Minas não é diferente e esta espécie de censura paga, da mídia, já rendeu até documentário. Não custa lembrar que no episódio do chamado mensalão, inclusive, sem tanto alarde, uma parte enorme do dinheiro distribuído por Marcos Valério foi para a Globo. E a mídia ‘pula’ este assunto convenientemente.
Retornando ao mensalão, as origens das falcatruas atribuídas exclusivamente ao PT – caixa dois eleitoral e tudo o mais – estão lá no governo Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas. Estranhamente nossa Justiça preferiu deixar esta promissora parte de lado, pelo menos por enquanto. Embora haja pedido nas mãos de Joaquim Barbosa para a prisão preventiva de Azeredo neste momento. Histórias de corrupção, assassinato, caixa dois também, ainda sem o devido julgamento. Nós, da esquerda, pressionamos por Justiça, porém o STF tem se mostrado seletivo e afinado com a grande mídia: contra o PT, tudo; já contra o PSDB, well...
O Novojornal, veículo dos mais combativos das Geraes, é dos únicos a publicar os escândalos do PSDB mineiro. Como a Lista de Furnas, sobre a qual pouco se vê ou se lê, como se jamais houvesse sequer existido. Falcatruas na Copasa, no Mineirão, nas “Pirâmides” de Aécio, no nióbio (quem não se lembra do Enéas perguntando ao Lula sobre o nióbio, nos debates em 1989?),... Como se percebe, denúncias graves e robustas é o que não falta! Vontade de divulgá-las, apurar devidamente e punir, aí já são outros quinhentos!
É estarrecedor o que está descrito em reportagem sobre o Aecioduto, escândalo ainda por estourar que, segundo o jornal, envolve  empresas  que  “operam a luz do dia um esquema que movimenta, segundo especialistas, mais de R$65 milhões por mês.” Os valores astronômicos mereceriam uma investigação profunda da Polícia Federal e do Ministério Público. Apesar do Gurgel. Ou então o mesmo jornal deveria ser condenado a pagar milhões em indenização e sair do ar por divulgar mentiras deste quilate contra Aécio. Não teria cabimento! Como se diz muito por estas bandas de cá, “aí tem”!
Vejamos a reportagem de hoje, dando conta de episódio recente. Abre aspas:
 “A correria da equipe de Aécio Neves no início desta semana, em Belo Horizonte, para sacar dinheiro vivo para pagar diversos veículos da mídia nacional acabou causando a paralisação das atividades da tesouraria do Banco Rural e BMG. Funcionários das instituições relatam que Andréa Neves comandou pessoalmente a operação que zerou a disponibilidade de moeda dos dois bancos.
O esquema que opera desde 1987 em Minas Gerais, dando cobertura a diversas operações irregulares, fato comprovado com a condenação dos dois presidentes das instituições bancárias, pelo visto conta com a cooperação do Banco Central. Inclusive o atual presidente do Banco Rural, João Heraldo, condenado em diversos processos, é oriundo da instituição.
Mostrando que Minas Gerais é um Estado independente dentro da Federação, funcionários do Banco Rural e BMG informam que quantia não inferior a R$50 milhões teria sido sacada em um só dia sem que qualquer autoridade monetária interviesse. Informam ainda que recursos solicitados a custódia do Banco Central entraram apenas contabilmente na tesouraria, teriam seguido direto para o aeroporto da Pampulha.
Este é o final do incidente ocorrido em função da viagem de Aécio e de sua Irmã Andrea para o exterior, causando atraso no repasse de recursos para a mídia nacional que culminou com a publicação, em 2 de fevereiro, de uma crítica do jornalista Reinaldo Azevedo, na revista “Veja”, ao senador Aécio Neves”.
Destacou-se em negrito o que, pela dimensão, custa-se a crer que se leu corretamente. Enquanto o PIG cria crise atrás de crise, é muito estranho que publicações assim passem despercebidas. Não se vê um comentário, uma repercussão na Câmara Federal, no Senado, mesmo na “blogosfera progressista” relativamente poucas e combativas vozes.
Não seria simples verificar a veracidade via COAF, via registros de voos na Pampulha, o Banco Central não saberia de saques neste montante? Tudo muito estranho mesmo.
Quanto mais pensamos nisto somos obrigados a concordar: “aí tem”!

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