Escrito por Rodrigo Penna
Não é de hoje que vemos denúncias de que a grande mídia é
financiada pelo PSDB. E pelo grande Capital, não resta dúvida! Milhões
investidos em compra de revistas como a Veja pelo governo e prefeitura de São
Paulo nas épocas tucanas, por exemplo. Em Minas não é diferente e esta espécie
de censura paga, da mídia, já rendeu até documentário. Não custa lembrar que no
episódio do chamado mensalão, inclusive, sem tanto alarde, uma parte enorme do
dinheiro distribuído por Marcos Valério foi para a Globo. E a mídia ‘pula’ este
assunto convenientemente.
Retornando ao mensalão, as origens das falcatruas atribuídas
exclusivamente ao PT – caixa dois eleitoral e tudo o mais – estão lá no governo
Eduardo Azeredo, do PSDB de Minas. Estranhamente nossa Justiça preferiu deixar
esta promissora parte de lado, pelo menos por enquanto. Embora haja pedido nas
mãos de Joaquim Barbosa para a prisão preventiva de Azeredo neste momento.
Histórias de corrupção, assassinato, caixa dois também, ainda sem o devido
julgamento. Nós, da esquerda, pressionamos por Justiça, porém o STF tem se
mostrado seletivo e afinado com a grande mídia: contra o PT, tudo; já contra o
PSDB, well...
O Novojornal, veículo dos mais combativos das Geraes, é dos
únicos a publicar os escândalos do PSDB mineiro. Como a Lista de Furnas, sobre
a qual pouco se vê ou se lê, como se jamais houvesse sequer existido.
Falcatruas na Copasa, no Mineirão, nas “Pirâmides” de Aécio, no nióbio (quem
não se lembra do Enéas perguntando ao Lula sobre o nióbio, nos debates em
1989?),... Como se percebe, denúncias graves e robustas é o que não falta!
Vontade de divulgá-las, apurar devidamente e punir, aí já são outros
quinhentos!
É estarrecedor o que está descrito em reportagem sobre o
Aecioduto, escândalo ainda por estourar que, segundo o jornal, envolve empresas
que “operam a luz do dia um
esquema que movimenta, segundo especialistas, mais de R$65 milhões por mês.” Os
valores astronômicos mereceriam uma investigação profunda da Polícia Federal e
do Ministério Público. Apesar do Gurgel. Ou então o mesmo jornal deveria ser
condenado a pagar milhões em indenização e sair do ar por divulgar mentiras
deste quilate contra Aécio. Não teria cabimento! Como se diz muito por estas
bandas de cá, “aí tem”!
Vejamos a reportagem de
hoje, dando conta de episódio recente. Abre aspas:
“A correria da equipe de Aécio
Neves no início desta semana, em Belo Horizonte, para sacar dinheiro vivo para
pagar diversos veículos da mídia nacional acabou causando a paralisação das
atividades da tesouraria do Banco Rural e BMG. Funcionários das instituições
relatam que Andréa Neves comandou pessoalmente a operação que zerou a
disponibilidade de moeda dos dois bancos.
O esquema que opera desde 1987 em Minas Gerais, dando
cobertura a diversas operações irregulares, fato comprovado com a condenação
dos dois presidentes das instituições bancárias, pelo visto conta com a
cooperação do Banco Central. Inclusive o atual presidente do Banco Rural, João
Heraldo, condenado em diversos processos, é oriundo da instituição.
Mostrando que Minas Gerais é um Estado independente dentro da
Federação, funcionários do Banco Rural e BMG informam que quantia não inferior
a R$50 milhões teria sido sacada em um só dia sem que qualquer autoridade
monetária interviesse. Informam ainda que recursos solicitados a custódia do
Banco Central entraram apenas contabilmente na tesouraria, teriam seguido
direto para o aeroporto da Pampulha.
Este é o final do
incidente ocorrido em função da viagem de Aécio e de sua Irmã Andrea para o
exterior, causando atraso no repasse de recursos para a mídia nacional que
culminou com a publicação, em 2 de fevereiro, de uma crítica do jornalista
Reinaldo Azevedo, na revista “Veja”, ao senador Aécio Neves”.
Destacou-se em negrito o que, pela dimensão, custa-se a crer
que se leu corretamente. Enquanto o PIG cria crise atrás de crise, é muito
estranho que publicações assim passem despercebidas. Não se vê um comentário,
uma repercussão na Câmara Federal, no Senado, mesmo na “blogosfera
progressista” relativamente poucas e combativas vozes.
Não seria simples verificar a veracidade via COAF, via
registros de voos na Pampulha, o Banco Central não saberia de saques neste
montante? Tudo muito estranho mesmo.
Quanto mais pensamos nisto somos obrigados a concordar: “aí
tem”!
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