O tempo passa mas os métodos são da CIA e da direita são
sempre os mesmos - desabastecimento, greve de “camioneiros”, especulação com o
dólar, paralização da produção, o chamado lockout (greve/boicote de
empresários), os mesmos empregados no Chile quase 40 anos atrás para derrubar o
governo socialista dopresidente Salvador Allende no dia 11 de setembro de 1973
e instalar no país a mais sangrenta ditadura já vivida pelo continente, a
comandanda pelo general Augusto Pinochet.
A vítima, agora, é a Venezuela. Por trás de tudo, como no
Chile de Allende, a CIA (Central Intelligence Agency, ou Agência Central de
Inteligência, a agência de espionagem do governo dos Estados Unidos) e grupos
paramilitares de direita, muito dinheiro de fora e cobertura midiática...No
Chile, aliás, nenhuma dúvida de que o script seguido e os agentes foram os
mesmos. Está tudo comprovado e confessado hoje pelos documentos oficiais que
vieram a público nos Estados Unidos.
Agora na Venezuela assistimos a uma corrida de compras de
alimentos fomentada pela direita e sua mídia para tentar desestabilizar, mais
uma vez, o governo Hugo Chávez - exercido pelo vice-presidente Nicolás Maduro,
enquanto o presidente Chávez prossegue tratamento em Cuba - e criar condições
para um golpe, e/ou na melhor das hipóteses, uma vitória eleitoral da direita.
Não aprendem.
Maduro pede calma à população, sem corrida às compras
É por isso que o vice-presidente em exercício na Venezuela,
Nicolás Maduro, dirigiu apelo à população ontem para que evite comprar
desenfreadamente comida e não seja “manipulada pela burguesia”. “Às vezes
caímos nessa história e compramos quatro pacotes de açúcar, quatro de leite e,
desse jeito, o país não aguenta”, disse Maduro na TV estatal VTV.
O presidente avisou que o governo não terá complacência com
aqueles que “sabotarem”o povo venezuelano e acusou alguns empresários de adotar
uma “guerra econômica contra a população” do país. “A burguesia quer jogar com
a fome do povo”, disse. “Se sairmos todos (ao mesmo tempo) para comprar pão,
não haverá mais pão, porque o mercado trabalha com um ritmo de reposição e tem
um ritmo de necessidades”, alertou Maduro.
Segundo ele, semestralmente a Venezuela consome 500 mil
toneladas de açúcar. “Mas se a burguesia nos enlouquecer com seus métodos e
conseguir nos desestabilizar, certamente precisaremos de 700 mil toneladas. E
terão alcançado seus objetivos.” Ele garantiu que Caracas continuará tomando
medidas para reforçar os programas sociais. “O governo está tomando medidas
para garantir que não falte nada para a população”, assegurou.
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