Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de outorga do
título de doutora "Honoris Causa" pela Universidade de Délhi. Foto:
Roberto Stuckert Filho/PR
A presidenta Dilma Rousseff afirmou hoje (28), ao receber o
título de doutora Honoris Causa pela Universidade de Délhi, que Brasil e Índia
têm o desafio comum de eliminar a pobreza e reduzir as desigualdades sociais.
No discurso, ela ressaltou que os dois países têm em comum o desafio de
melhorar as condições de vida de seus cidadãos.
“Países de industrialização tardia, tivemos e temos hoje
desafios comuns. Levar adiante projetos nacionais de desenvolvimento capazes de
lograr altas taxas de crescimento mas, ao mesmo tempo, de eliminar a pobreza e,
sobretudo, reduzir a desigualdade social em um marco de expansão e de
aprofundamento da democracia”, disse.
Sobre a cooperação científica e tecnológica, Dilma disse que
a Índia alcançou resultados destacados em diversas áreas de tecnologias de ponta
e que por isso vê com satisfação a contribuição indiana ao Programa Ciência sem
Fronteiras, que concederá bolsas para universitários brasileiros estudarem no
exterior.
“No Brasil, lançamos o programa “Ciência sem Fronteiras”,
pelo qual estamos enviando 100 mil estudantes e pesquisadores para formação em
centros de primeira linha em outros países. Para nosso Governo é motivo de
especial satisfação que a Índia – país conhecido pela excelência de seus
cientistas e de seus inovadores tecnológicos – também se associe a nós nessa
empreitada. Agradeço a disposição, já manifestada por esta universidade, de
trabalhar conosco para receber estudantes e pesquisadores brasileiros.
Esperamos em breve a chegada de professores e pesquisadores indianos em nosso
país”.
No discurso, Dilma afirmou que Brasil e Índia serão chamados,
cada vez mais, a desempenhar um papel central no encaminhamento das principais
questões da agenda internacional. E reforçou que a crise econômica, com origem
“no mundo desenvolvido”, não será superada por meio de medidas de austeridade,
consolidação fiscal e desvalorização da força do trabalho.
“O crescente peso de nossas economias reforça nossa
credibilidade e acentua o potencial de nossa cooperação bilateral e inserção
internacional. Temos nossa palavra a dizer no enfrentamento da grave crise
econômico-financeira que ainda provoca preocupação pelo impacto que tem sobre
as perspectivas de crescimento global”.
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