Por: Renata Giraldi, da Agência
Brasil
Dilma brinda com governantes
indianos, durante jantar em sua homenagem, em Nova Delhi (Foto: Roberto
Stuckert Fº/PR)
Brasília - No penúltimo dia em
Nova Delhi, na Índia, a presidenta Dilma Rousseff reiterou hoje (30) que os
países do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – mostrarão que
as perspectivas econômicas no mundo podem ser positivas. Mas ela condiciona
esse quadro positivo ao fato de os emergentes passarem a ser mais respeitados e
a ocupar espaços adequados nas instituições internacionais, como o Fundo
Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Conselho de Segurança das
Nações Unidas.
Dilma disse que esse “quadro
positivo de perspectivas” será apresentado pelo bloco do Brics durante a Cúpula
do G20 (que reúne as 20 maiores economias do mundo), nos dias 18 e 19 de junho,
no México. A previsão é que a presidenta participe dessas discussões, que
antecedem a Conferência Rio+20, no Rio de Janeiro.
“Temos um quadro positivo de
perspectivas”, disse Dilma, no encerramento do Fórum Empresarial, que reuniu
mais de 110 empresários brasileiros de diversos setores. “Nosso processo de
economia é virtuoso”, acrescentou ela, ao lembrar que a crise econômica
internacional atingiu os emergentes como consequência dos “graves” problemas
enfrentados pela Europa e os Estado Unidos.
A presidenta ressaltou que os
países desenvolvidos, atingidos pelos impactos da crise econômica internacional,
tiveram as dificuldades e fragilidades expostas. Como exemplo, ela citou o
aumento das taxas de desemprego e a redução dos direitos sociais dos
trabalhadores. “Nossas economias sofreram um processo de desaceleração em
decorrência dos efeitos da crise global.”
Segundo Dilma, os avanços
alcançados pelos países em desenvolvimento indicam a construção de uma nova
realidade mundial. “O que reforça uma tendência de profunda transformação que
ocorre no mundo, nos fluxos do comércio e nos investimentos internacionais”,
disse a presidenta, ressaltando o que chamou de “fonte de dinamismo
internacional”.
A presidenta ratificou que é
fundamental combater o protecionismo internacional, adotado principalmente
pelos países desenvolvidos nas relações com os emergentes, e atuar no comércio
multilateral na busca pela “complementaridade” de atividades, respeitando os
direitos de cada região.
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