Dom Bergonzini se notabilizou nas últimas campanhas
presidenciais ao distribuir cerca de dois milhões de folhetos contra a
candidatura de Dilma Rousseff por ela ser defensora da legalização do aborto
Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, 75, bispo emérito de Guarulhos,
na Grande São Paulo, escreveu em seu blog que a PUC (Pontifícia Universidade
Católica) de São Paulo só deveria ter professores que comungam com a fé cristã.
Disse que os docentes que defendem a descriminalização do
aborto, “ideologia homossexual”, eutanásia, maconha e comunismo deveriam sair
da universidade.
“Se a PUC é da Igreja Católica, [o professor] deve seguir o
Evangelho e a moral cristã”, escreveu. “[A universidade] não pode ter em seu
corpo docente professores que contrariem os ensinamentos da Igreja.”
Sakamato afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo que quem
defende os direitos humanos, como ele, acaba sempre criticado pelos setores
mais conservadores da sociedade. “Eu defendo que o bispo continue com o direito
de defender sua opinião, mas essa posição mostra que ele quer evitar que o
outro continue falando.”
Maria Beatriz Costa Abramides, representante dos docentes da
universidade, disse que a PUC se dedica ao conhecimento do interesse da
população, e não do da religião. “Sempre lutamos por uma universidade laica e
plural.”
Essa é também a opinião de Guilherme Bertoldi,
vice-presidente do Centro Acadêmico de Economia.
Dom Bergonzini se notabilizou nas últimas campanhas
presidenciais ao distribuir cerca de dois milhões de folhetos contra a
candidatura da petista Dilma Rousseff por ela ser defensora da legalização do
aborto.
Mais recentemente, o bispo afirmou em uma entrevista que há
casos de estupro em que a culpa é da mulher.
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