A presidenta Dilma afirmou hoje (30) que Brasil e Índia têm
“sólidas credenciais” para lutar contra as políticas monetárias expansionistas
dos países desenvolvidos. No discurso que encerrou o Seminário Empresarial
Brasil-Índia: uma nova fronteira para oportunidade de negócios, a presidenta
defendeu o fortalecimento da parceria estratégica entre os dois países e a
ampliação dos negócios envolvendo empresas brasileiras e indianas.
“Nós, Brasil e Índia, temos sólidas credenciais para lutar
contra os efeitos das políticas monetários expansionistas do mundo desenvolvido
que não tem tomado as providências necessárias para garantir uma expansão das
suas economias. Somos, sem sombra de dúvida, favoráveis à superação da crise na
Europa. Achamos que houve uma melhora na medida em que foi evitada uma crise
mais aguda, uma crise monetária mais aguda e acreditamos que é imprescindível
que os países desenvolvidos tomem medidas efetivas para garantir a retomada da
economia mundial”.
Para Dilma, Brasil e
Índia podem juntos enfrentar e superar de forma mais efetiva os efeitos da
crise econômica internacional.
“Quando nós exploramos as nossas complementaridades,
respeitando, cada um, a característica do outro, nós podemos enfrentar juntos,
de forma muito mais efetiva, todos os desafios que a conjuntura nos apresenta.
Por isso, eu tenho certeza que o dinamismo característico das nossas economias
permitirá que superemos no melhor sentido esta fase crítica da economia
internacional. Por isso é com alegria que eu vejo a nossa relação comercial se
tornar cada vez mais expressiva. O Brasil permanece com principal parceiro
comercial da Índia na América Latina”.
Dilma afirmou aos empresários que o comércio entre Brasil e
Índia, hoje concentrado no petróleo e nos seus derivados, deve ser
diversificado e defendeu a ampliação da parceria na área de medicamentos. Já no
setor de combustíveis, Dilma afirmou que o Brasil está disposto a contribuir
com o governo indiano na busca de alternativas energéticas sustentáveis.
“Estamos dispostos a compartilhar nossa experiência nessa
questão e desenvolver parcerias tecnológicas com a Índia. Seja no que se refere
à tecnologia de produção do etanol, seja em pesquisas ligadas ao etanol de
segunda geração, seja, também, através da tecnologia dos carros flex-fuel, que
usam etanol ou qualquer combustível derivado de petróleo – gasolina, por
exemplo – sem interferência de quem dirige o automóvel”.
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