O sociólogo Demetrio Magnoli é um cidadão que escreve e fala
em alguns órgãos do imprensalão. Suas opiniões são aquelas que fazem ilustrar
com brilhanteza os ideários eugenistas propagados por pessoas do náipe de
George Bush ou da elite venezuelana.
Magnoli, com já levantado por este não lido blog, defendeu o
golpe de estado feito em Honduras, com todas as letras. Este golpe, para quem
não lembra, era para tirar do governo o presidente democraticamente eleito e
colocar um títere dos Estados Unidos.
Pior, numa das situações, Magnoli falou textualmente para Boris Casoy
(eita duplinha) que a culpa do golpe era do deposto. Identico dizer que culpa
do estupro é da vítima e não do maníaco.
Rememorado sobre quem estamos falando, eis que me deparo com
sua coluninha no estadinho de hoje. Ler Magnoli para mim, é como ler Reinaldo
Azevedo. Uma perda de tempo e portanto, não o faço. Mas o título me chamou a
atenção e resolvi lançar carbono na atmosfera, direcionando o mouse para aquilo
que dizia "Heraldo, a cor e a alma". Óbvio que já antevia que o
elitista iria detonar Paulo Henrique Amorim pelo que PHA nunca dissera. Mas
para Demétrio Magnoli pouco importa. Ele, como o resto do imprensalão,
continuou a tirar do contexto a frase de Amorim, atribuindo-lhe carapuça de
racista.
Acho verdadeiramente curioso que alguém que escreve e fala o
que Demétrio Magnoli escreve e fala, tenha a cara de pau de vir ao público,
escrever e falar, coisas tão patéticas. Magnoli definitivamente, pelo que se
depreende de suas opiniões, não tem o menor apreço pela cor e pela alma de
Heraldo Pereira. Por qual motivo veio agora defendê-lo se ele mesmo, o
"ofendido" reconheceu que em momento algum PHA o ofendeu de forma
racista? Tanto é fato que Heraldo transacionou na ação movida contra Amorim.
Transacionar é fazer acordo, e no acordo consta textualmente que não houve
racismo. Em resumo, que as palavras tão propagadas, foram tiradas do contexto.
Coisa de praxe aliás, para a grande imprensa pátria, que bebe gostosamente nas
tetas da direita brasileira, e que deu apoio de opinião e logístico, ao regime
militar ditatorial nacional, que executava, torturava e desaparecia com
milhares de pessoas ao longo dos anos. O próprio Estadão, veículo que publicou
a coluna de tonterias de Demétrio, reconheceu alguns anos atrás, que apoiou a
ditadura. A Folha, como é sabido (e não falado na mídia oficial) emprestava
seus carros para que o exército transportasse os torturados, sem dar
"bandeira". Para todos os efeitos, aquele carro da Folha da Tarde que
estava na frente da casa do fulano, era só pra entregar jornais. Era mesmo,
para levá-lo para a morte.
O Globo, nem se fala. Quem não se lembra do editorial
elogioso no dia seguinte ao golpe? Dizendo que os militares e sua ditadura eram
a salvação do Brasil?
Magnoli perde seu tempo. Mas claro, fala para um público cada
vez menor, que ainda dá bola pra esse tipo de idiotice. Porém, se eu fosse PHA
o processaria. Quando ele diz que Amorim "fez" algo que nem nos autos
do processo consta que ele fez, é atribuir falso crime a alguém. Isso, se ele
não sabe, é passível de penalização cível e criminal. E a penalização vem pela
exteorização de opinião caluniosa e ofensiva, advinda de irresponsabilidade e
desapego ao certo.
Mas Demétrio não deve saber o que é isso.
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